A Semana de Estudos do Ano Jubilar encerrou-se com a peregrinação e o Jubileu dos Estudantes de Teologia, promovendo um profundo mergulho na espiritualidade e na temática do Ano Santo de 2025, cujo lema é “Peregrinos da Esperança”. O evento, realizado entre os dias 3 e 5 de fevereiro, contou com mais de 135 participantes e foi aberto a todas as lideranças, agentes pastorais e interessados na Diocese. Organizado pelo Instituto de Teologia Dom Veremundo Tóth, sob a liderança do diretor, padre Arthur Carvalho Moraes, a semana de estudos aconteceu de forma híbrida, permitindo a participação de fiéis de diversas regiões.
Noites de estudo e aprofundamento da fé
As três noites de estudo contaram com a participação de renomados teólogos e sacerdotes. No dia 3 de fevereiro, padre Manoel Viana, pároco da Paróquia de Santa Suzana, abordou “A esperança cristã enquanto virtude teologal”, destacando sua relação com a fé e a vida eterna. No dia seguinte, padre Gilvan Leite de Araújo, professor da PUC-SP e vice-reitor do seminário de Teologia da Diocese de Osasco, apresentou a “Esperança nas Sagradas Escrituras”, oferecendo uma visão teológico-bíblica fundamentada no Antigo Testamento. No encerramento, padre José Bortolini, biblista e vigário da Paróquia Santa Suzana, estava previsto como palestrante, mas foi substituído por padre Weliton Angelino da Silva, pároco da Paróquia Santa Ana e São Joaquim, que discorreu sobre a esperança nas Cartas Paulinas, tema central da bula papal de proclamação do Ano Santo: “A esperança não engana” (Rm 5,5).
Jubileu dos Estudantes de Teologia: um encerramento marcado pela superação
A celebração de encerramento, inicialmente prevista para iniciar com uma peregrinação até a Catedral Sagrada Família, única Igreja Jubilar da Diocese, teve de ser adaptada devido às condições climáticas. Como parte das peregrinações diocesanas das missas temáticas jubilares, o ponto de partida seria a Cáritas Campo Limpo, localizada a 250 metros da Catedral. No entanto, uma forte chuva que persistiu por mais de 40 minutos impossibilitou o deslocamento dos fiéis. Diante da situação, o bispo diocesano, Dom Valdir, juntamente com a equipe litúrgica, decidiu celebrar a missa ali mesmo, na quadra da Cáritas. Ao anunciar a decisão, declarou: “Por causa da chuva, vamos celebrar aqui, também na intenção das pessoas que, com esse temporal, estão passando alguma dificuldade, pedindo que mantenham firmes a esperança de tempos melhores.”
Uma mensagem de esperança e compromisso
A celebração improvisada transcorreu com serenidade e significado. Em sua homilia, Dom Valdir destacou a importância da esperança cristã e do desapego às coisas materiais: “A primeira indicação de Jesus é a pobreza, a simplicidade. Despojar-se para encher-se de amor e esperança. Ele nos diz: ‘Não levem nada pelo caminho’, se referindo a bens materiais, mas exorta a levar amor, esperança, tudo aquilo que as pessoas precisam para dar sentido da vida.”
O bispo também ressaltou o papel transformador do encontro com Cristo: “O encontro com Jesus reorienta a existência e quem encontra Jesus, encontra a Esperança. Essa é a proposta do Jubileu: sermos peregrinos da esperança. A misericórdia muda nossa vida e nos dá uma perspectiva de futuro melhor.” Aos estudantes, dirigiu palavras de incentivo: “Dedicação aos estudos e aprofundamento da fé são essenciais para que vocês possam, futuramente, compartilhar esse conhecimento com os irmãos.”
Um fechamento de ciclo e o início de uma jornada jubilar
Ao final da celebração, padre Arthur Carvalho Moraes expressou sua gratidão e entusiasmo com os frutos do evento: “Após a peregrinação de abertura, tivemos três noites de formação que nos esclareceram sobre a ‘esperança cristã’. Foi um aprendizado essencial para vivermos bem este Ano Santo. O Jubileu dos Estudantes de Teologia encerrou esse ciclo de forma significativa, mesmo com os desafios da noite. A chuva nos ensinou a perseverança, e a celebração, realizada na quadra da Cáritas, tornou-se um sinal vivo de fé e resiliência.”
A Semana de Estudos do Ano Jubilar e o Jubileu dos Estudantes de Teologia marcaram, assim, não apenas um aprofundamento teológico, mas um verdadeiro testemunho de fé e esperança, impulsionando a Diocese a viver com intensidade esse tempo de graça e renovação espiritual.
