“Tudo por causa do Evangelho”: visita pastoral leva esperança, ternura e comunhão à Forania M’Boi Mirim
Entre os dias 6 e 8 de junho, Dom Valdir José de Castro, SSP, esteve mais uma vez no território da forania M’Boi Mirim para mais uma etapa das visitas pastorais. Desta vez, as comunidades acolhedoras das paróquias Santos Mártires, Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Auxiliadora abriram suas portas e seus corações para receber o bispo diocesano.
Com um sorriso sereno e escuta atenta, Dom Valdir cumpre, com esse gesto, uma das mais belas tradições da Igreja: a visita pastoral. Muito mais do que uma formalidade, trata-se de um encontro de fé e comunhão, um tempo para ver de perto as alegrias e desafios da caminhada do povo de Deus. A cada visita, o bispo reafirma seu desejo de conhecer, animar, aconselhar e, sobretudo, caminhar com suas ovelhas.
Desde que assumiu o pastoreio da Diocese de Campo Limpo, há pouco mais de dois anos, Dom Valdir já percorreu centenas de comunidades. Nesta forania, a de M’Boi Mirim, estas foram a sétima, oitava e nona paróquias visitadas das dezesseis que a compõem. Com passos firmes e coração aberto, ele segue realizando o que já se tornou uma marca de seu episcopado: o zelo pela proximidade e a promoção da sinodalidade.

Um bispo que escuta
Na quinta-feira, 6 de junho, Dom Valdir deu início à visita conhecendo a realidade da Paróquia Santos Mártires e parte do território da Paróquia Nossa Senhora da Esperança. Ao longo do dia, conversou com moradores, visitou doentes e conheceu de perto a Sociedade Santos Mártires — uma associação beneficente que atua junto à população vulnerável da região. A jornada terminou com a celebração da Santa Missa, concelebrada pelo pároco, padre Valdir Rodrigues. “Nosso compromisso com Jesus precisa ser sempre renovado”, destacou o bispo em sua homilia, num convite sereno à fidelidade e à esperança.
A Esperança tem nome e rosto
O sábado amanheceu cheio de encontros. Dom Valdir percorreu as comunidades da Paróquia Nossa Senhora da Esperança — Nossa Senhora do Caminho, Comunidade dos Arcanjos e Nossa Senhora da Esperança, além da matriz, Santana e São Joaquim — visitando casas, partilhando bênçãos e ouvindo histórias. À tarde, reuniu-se com o conselho paroquial das três comunidades visitadas, num diálogo marcado pela escuta e pela partilha de experiências, no Centro São José. Com base em sua carta pastoral Tudo por causa do Evangelho, refletiu sobre a urgência da sinodalidade, da fraternidade e do compromisso com o Evangelho.
À noite, a comunidade se uniu em celebração. A Missa foi marcada por homenagens e gestos de carinho ao pastor que veio caminhar junto. O pároco, padre José Wilson, entregou aos presentes uma pequena imagem de Nossa Senhora da Esperança — símbolo de fé e perseverança da comunidade.

Bandeiras, canções e ternura
O domingo começou com o entusiasmo das crianças da catequese da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Com bandeiras coloridas nas mãos — feitas por elas mesmas — recepcionaram o bispo com palavras de carinho e olhos brilhantes. A missa, realizada no salão paroquial por causa do grande número de fiéis, foi um verdadeiro testemunho de comunhão.
Na homilia, Dom Valdir falou com ternura da unidade entre irmãos, da importância do padre como ponto de encontro e serviço, e do chamado à escuta mútua. Mas foi após a comunhão que o coração do bispo foi tocado de modo especial: o padre José Nelson, pároco, compôs uma música inspirada na trajetória de Dom Valdir, intitulada Tudo por causa do Evangelho. O ministério de música da paróquia executou a canção com emoção, provocando lágrimas e sorrisos na assembleia.
O dia seguiu com visitas a enfermos e, à tarde, um encontro com lideranças pastorais e comunitárias. A conversa foi seguida por um momento de confraternização, símbolo de uma Igreja que celebra, acolhe e permanece unida.
Um caminho que continua
As visitas pastorais de Dom Valdir seguem como um fio condutor de esperança que une comunidades e corações. As próximas paróquias a receberem sua presença serão São Francisco de Assis, Santa Edwiges e São Miguel Arcanjo e Divina Misericórdia. E, assim, pouco a pouco, o pastor vai conhecendo suas ovelhas pelo nome, como nos ensina o Evangelho.
Ao fim de cada celebração, cada conversa, cada gesto de escuta, fica evidente que é no acolhimento uns dos outros que está a força e a beleza de uma Igreja sinodal.
