Dom Valdir José de Castro, ssp
Aos bispos eméritos, presbíteros, diáconos permanentes, seminaristas, membros da vida consagrada, de movimentos e novas comunidades, leigos e leigas.
Caríssimos irmãos e irmãs
Graça e paz!
O Jubileu Ordinário do ano 2025 se aproxima e, em comunhão com toda a Igreja, somos chamados a vivê-lo intensamente, como verdadeiros “peregrinos da esperança”. De fato, o Papa Francisco, na Bula de Proclamação do Jubileu, “Spes non Confundit”, de 9 de maio de 2024, coloca a esperança como mensagem central deste “Ano Santo”. E, então manifesta o desejo de que este tempo de graça “possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, “porta” de Salvação (cf. Jo 10,7-9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’ (1Tm 1,1)” (Spes non Confundit, nº 1).
Conforme as orientações da Bula Papal, o Ano Jubilar terá início com a abertura da Porta Santa, da Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 24 de dezembro, véspera do Natal do Senhor. Nas dioceses do mundo todo, a abertura do Ano Santo será no dia 29 de dezembro de 2024 e terminará no dia 28 de dezembro de 2025. É motivo de alegria, particularmente para a nossa Diocese, saber que essas datas coincidem com a festa da Sagrada Família, nossa padroeira diocesana.
Eis algumas indicações para este “ano de graça”:
- O “lugar jubilar”: Fica estabelecido, em nossa Diocese, a Catedral-Santuário Sagrada Família como o lugar jubilar diocesano e o centro de convergência das peregrinações. A Catedral, como símbolo da Mãe-Igreja e da unidade, acolherá todos os peregrinos que buscam renovar a esperança, a fé e o amor, no seguimento de Jesus. Para facilitar a participação de todos, foi elaborada uma programação das celebrações diocesanas que ocorrerão na Catedral, no decorrer do Ano Santo, contemplando os diversos grupos de pessoas e pastorais.
- As indulgências: Lembremos que a “indulgência” – que, desde a antiguidade, está relacionada à misericórdia de Deus, – é um dos elementos constitutivos do ano jubilar, juntamente com a peregrinação. Convido a todos para estarem atentos às orientações presentes no documento “Sobre a concessão da Indulgência durante o jubileu ordinário de 2025 proclamado por sua santidade o Papa Francisco”, da Penitenciaria Apostólica, publicado em 13 de maio de 2024. No âmbito das confissões, que as paróquias favoreçam o acesso dos fiéis ao Sacramento da Reconciliação. De modo especial, os mutirões de confissão, que tradicionalmente acontecem em preparação ao Tríduo Pascal e, no Advento, em preparação ao Natal, sejam, neste ano, motivados pelo espírito do Ano Santo. Que todos possam acolher o perdão de Deus para que também nós sejamos expressão do perdão de Deus aos irmãos e irmãs.
- A inclusão de todos (as): Dar o necessário cuidado pastoral também às pessoas que, por motivo grave, não podem participar nas celebrações e nas peregrinações, de modo que se sintam participantes da caminhada da Igreja. De fato, o Ano Jubilar é um ano que deve ser marcado fortemente pelo chamado que o Senhor nos faz à conversão, a voltar-nos ao Senhor da Vida e como consequência, a estarmos a serviço dos irmãos e irmãs, especialmente dos mais necessitados, isto é, “a cuidar das pessoas que se sentem feridas no corpo e no espírito, a cuidar dessas feridas, a aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las com a solidariedade e atenção devidas” (Cf.: Misericordiae Vultus, nº 15).
Peregrinar é uma tradição profundamente arraigada na Igreja e um dos elementos fundamentais de todo o evento jubilar. Para marcar a abertura do Ano Santo na Diocese, somos convidados a vivenciar essa tradição com fé e alegria. No dia 29 de dezembro, às 14 horas, nossa jornada começará na Paróquia São Judas Tadeu, primeira Catedral da Diocese. De lá, seguiremos em peregrinação até a Catedral Sagrada Família, onde, às 15 horas, será celebrada a Santa Missa de abertura.
Desejo a todos que este Tempo do Advento que se inicia e o Ano Santo que se aproxima, produzam muitos frutos de conversão, que se manifestem numa vida sempre mais aberta ao Evangelho – que se revela em Belém! – e que nos leve a trabalhar por uma sociedade mais humana, justa e fraterna, neste mundo, e a conquistar a eternidade em Deus.
“O Deus da esperança vos abençoe plenamente com toda a alegria e paz, à medida da vossa fé nele, para que transbordeis de esperança, pelo poder do Espírito Santo” (Rm 15,13). Que a Sagrada Família – Jesus, Maria e José – nos ilumine no caminho!