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Em defesa do meio ambiente: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado"

No início da Semana do Meio Ambiente, o comboniano padre Dario Bossi, membro da Vivat Brasil, fez uma análise da atual realidade e afirma que “nunca ficou tão evidente a ameaça que está sendo posta ao meio ambiente no Brasil. Podemos escutar, pelas próprias palavras do ministro responsável por essa pasta, que há um desenho deliberado de desmonte e de entrega do patrimônio ambiental brasileiro para outros interesses”.

Segundo padre Bossi, que atua diretamente com ações de proteção ao ecossistema, esses interesses “são para o extrativismo predatório, que, por sinal, tem sido um modelo econômico imposto nas regiões latino-americanas desde a época da colônia, e nunca muda”.

Se, atualmente, é impossível contar com o Poder Público, na defesa do meio ambiente, então a quem recorrer? Para o padre comboniano, quem pode ajudar a resgatar outras formas de relação com o ecossistema são exatamente aqueles que habitam nele.

“Por habitar nos territórios, nas diversas regiões e biomas, as pessoas têm no coração o valor profundo do cuidado, o valor das raízes, da espiritualidade que as vinculam a um território. Também, pelas suas memórias, pelo vínculo com os antepassados, ou como dizem nossos povos quilombolas ou indígenas, ‘pelos encantados que vivem nestes territórios’”, defende.

Com a atenção da mídia totalmente voltada para o covid-19, precisamos ficar atentos para que medidas contrárias à proteção do meio ambiente não sejam aprovadas às escondidas e que as pautas relacionadas ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) não sejam ignoradas.

Há 48 anos, quando foi instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas já afirmava: “Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da indiferença, podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem”.1

Será que alguma coisa mudou, aqui no Brasil, nestes 48 anos? Que compromissos foram assumidos e colocados em prática em prol da preservação da vida, do meio ambiente, do ecossistema?

A Constituição Brasileira diz que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (artigo 225 da Constituição Federal de 1988).

Ao lermos esse artigo da Constituição, já notamos uma profunda lacuna entre as legislações governamentais e sua prática. Se o meio ambiente é um fator primordial para a vida, principalmente para a espécie humana, então por que são tão poucas as ações para defendê-lo? Será que ainda precisaremos registrar outros mártires da Ecologia em nosso País?

*Miriam Bernardete de Souza é especialista em Linguística e Comunicação Social, Educadora Social; facilitadora em Fundamentos em Justiça Restaurativa e Formação Cristã para a Cidadania.

[1] Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Estocolmo, 1972).

Vivat Brasil

Certas de sua missão em defesa da integridade da Criação e testemunhas do reino da vida plena, 13 congregações religiosas associaram-se à Vivat Internacional, organização não governamental (ONG) reconhecida pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU). O nome Vivat expressa o profundo desejo de que tudo o que existe possa viver; que todos, todas vivam e deixem viver toda a Criação.

Com essa esperança, as congregações instalaram a Vivat Brasil, que conta com aproximadamente 1.200 religiosos e religiosas. Estes assumem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU) e priorizam:

  • a erradicação da pobreza;
    • a mulher e a questão de gênero;
    • o desenvolvimento sustentável; e
    • a cultura de paz.


Abraçam também outras temáticas, como boa saúde e bem-estar, educação de qualidade e redução da desigualdade (ODS/ONU).

Todos esses objetivos se transformam em ações sociopolíticas que reverberam o bem comum, em todo o território nacional, com destaque à preservação do meio ambiente, ao compromisso com os direitos humanos e democráticos. A luta diária desses religiosos e religiosas e o que fazem são apresentados no Relatório Vivat Brasil 2020, acesse o site e saiba mais: https://blog.ssps.org.br/vida-e-meio-ambiente-sao-prioridades-das-congregacoes-vivat-brasil               

 

 |  Miriam Bernardete de Souza  |  Diocese

No início da Semana do Meio Ambiente, o comboniano padre Dario Bossi, membro da Vivat Brasil, fez uma análise da atual realidade e afirma que “nunca ficou tão evidente a ameaça que está sendo posta ao meio ambiente no Brasil. Podemos escutar, pelas próprias palavras do ministro responsável por essa pasta, que há um desenho deliberado de desmonte e de entrega do patrimônio ambiental brasileiro para outros interesses”.

Segundo padre Bossi, que atua diretamente com ações de proteção ao ecossistema, esses interesses “são para o extrativismo predatório, que, por sinal, tem sido um modelo econômico imposto nas regiões latino-americanas desde a época da colônia, e nunca muda”.

Se, atualmente, é impossível contar com o Poder Público, na defesa do meio ambiente, então a quem recorrer? Para o padre comboniano, quem pode ajudar a resgatar outras formas de relação com o ecossistema são exatamente aqueles que habitam nele.

“Por habitar nos territórios, nas diversas regiões e biomas, as pessoas têm no coração o valor profundo do cuidado, o valor das raízes, da espiritualidade que as vinculam a um território. Também, pelas suas memórias, pelo vínculo com os antepassados, ou como dizem nossos povos quilombolas ou indígenas, ‘pelos encantados que vivem nestes territórios’”, defende.

Com a atenção da mídia totalmente voltada para o covid-19, precisamos ficar atentos para que medidas contrárias à proteção do meio ambiente não sejam aprovadas às escondidas e que as pautas relacionadas ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) não sejam ignoradas.

Há 48 anos, quando foi instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas já afirmava: “Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da indiferença, podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem”.1

Será que alguma coisa mudou, aqui no Brasil, nestes 48 anos? Que compromissos foram assumidos e colocados em prática em prol da preservação da vida, do meio ambiente, do ecossistema?

A Constituição Brasileira diz que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (artigo 225 da Constituição Federal de 1988).

Ao lermos esse artigo da Constituição, já notamos uma profunda lacuna entre as legislações governamentais e sua prática. Se o meio ambiente é um fator primordial para a vida, principalmente para a espécie humana, então por que são tão poucas as ações para defendê-lo? Será que ainda precisaremos registrar outros mártires da Ecologia em nosso País?

*Miriam Bernardete de Souza é especialista em Linguística e Comunicação Social, Educadora Social; facilitadora em Fundamentos em Justiça Restaurativa e Formação Cristã para a Cidadania.

[1] Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Estocolmo, 1972).

Vivat Brasil

Certas de sua missão em defesa da integridade da Criação e testemunhas do reino da vida plena, 13 congregações religiosas associaram-se à Vivat Internacional, organização não governamental (ONG) reconhecida pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU). O nome Vivat expressa o profundo desejo de que tudo o que existe possa viver; que todos, todas vivam e deixem viver toda a Criação.

Com essa esperança, as congregações instalaram a Vivat Brasil, que conta com aproximadamente 1.200 religiosos e religiosas. Estes assumem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU) e priorizam:

  • a erradicação da pobreza;
    • a mulher e a questão de gênero;
    • o desenvolvimento sustentável; e
    • a cultura de paz.


Abraçam também outras temáticas, como boa saúde e bem-estar, educação de qualidade e redução da desigualdade (ODS/ONU).

Todos esses objetivos se transformam em ações sociopolíticas que reverberam o bem comum, em todo o território nacional, com destaque à preservação do meio ambiente, ao compromisso com os direitos humanos e democráticos. A luta diária desses religiosos e religiosas e o que fazem são apresentados no Relatório Vivat Brasil 2020, acesse o site e saiba mais: https://blog.ssps.org.br/vida-e-meio-ambiente-sao-prioridades-das-congregacoes-vivat-brasil