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Paróquia Senhor dos Passos celebra o seu Padroeiro: o Patrono dos Aflitos e Sofredores

A Paróquia Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores da Forania Campo Limpo, celebrou na segunda quinzena de novembro a 37ª Novena e Festa do Padroeiro Senhor dos Passos.

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PasCom Paroquial

A Paróquia Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores da Forania Campo Limpo, celebrou na segunda quinzena de novembro a 37ª Novena e Festa do Padroeiro Senhor dos Passos.

Com euforia, entusiasmo e júbilo a novena teve início na sexta-feira (16/11), presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antônio Guedes, e seu encerramento aconteceu no sábado, dia 24. Cada dia com a bênção de objetos de devoção, presidido por padres das diversas paróquias da Diocese de Campo Limpo, vividos intensamente pela numerosa presença dos fiéis.

A festa do padroeiro aconteceu no domingo, dia 25, na Solenidade de Cristo, Rei do Universo, encerrando o Ano Nacional do Laicato, fervorosamente vivenciado com fé, piedade e devoção.

Ao entardecer, entre o azul do dia e o escuro da noite, teve início a procissão pelas ruas no território paroquial com a imagem do Senhor dos Passos, em seguida, a Missa Solene presidida pelo pároco, Pe. Denis de Oliveira Matos e logo depois, um delicioso coquetel compartilhado.

Em sua homilia, Pe. Denis lembrou que Cristo é o Rei de todos e veio estabelecer o seu reinado no meio de nós. Na primeira leitura do profeta Daniel descreve a investidura real que o Filho do Homem recebe diretamente do Pai: “A Ele foram dados império, glória e realeza […] o seu reino jamais será destruído”. Na segunda leitura é apresentado que Jesus é o Cristo, o Cordeiro que foi imolado, digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra, o Alfa e o Ômega. No Evangelho é retratado o diálogo de Jesus e Pilatos. A pergunta de Pilatos: Que é a verdade? Tem aqui sua plena resposta: a verdade é Nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor dos Passos que nos ama e nos libertou com o seu sangue ao oferecer-se na cruz. A marca e o critério da realeza de Cristo é e será sempre, a cruz, recordou o pároco.

Padroeiro dos Aflitos e Sofredores

Senhor dos Passos é uma invocação para Jesus Cristo. Uma devoção especial da Igreja que faz memória ao trajeto percorrido por Jesus desde sua condenação à morte no pretório até a crucificação no Calvário.

A história desta devoção remonta à Idade Média, quando os cruzados visitavam os locais sagrados de Jerusalém por onde Jesus andou a caminho do martírio e quiseram depois reproduzir espiritualmente este caminho quando voltaram à Europa sob forma de dramas sacros, procissões, ciclos de meditação e capelas.

A imagem do Senhor dos Passos tem significado belo e profundo na iconografia cristã. Ela relembra o trajeto que Jesus fez carregando a cruz até o Calvário, onde foi crucificado, na cidade de Jerusalém. “Senhor” vem de “Dôminus” de origem latina e significa “dono”, “aquele que domina” ou “aquele que tem posse” e a palavra “Passos” significa sofrimento no sentido passivo, ou seja, “aquele que é vítima do sofrimento causado por outros”.

Pelo sentido dessas palavras vemos que a imagem do Senhor dos Passos vai além do que imaginamos. A cruz do Senhor dos Passos é o símbolo dos sofrimentos que Jesus assumiu. Ela simboliza o pecado da humanidade que Jesus tomou sobre seus ombros e carregou até o fim, como profetizou Isaías 700 anos antes: “Em verdade, Ele tomou sobre si nossas enfermidades e carregou os nossos sofrimentos e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas Ele foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades, o castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomos curados graças às suas chagas” (Is 53,4-5).

No tempo de Jesus, a morte de cruz era o pior castigo que existia, dado somente a bandidos e malfeitores. Jesus foi morto na cruz para que, através desta morte, a humanidade fosse salva.

A túnica roxa do Senhor dos Passos simboliza todo o sofrimento assumido por Jesus em favor da humanidade. A coroa de espinhos sobre a cabeça simboliza as humilhações e zombarias que Ele sofreu por parte dos soldados romanos que o torturaram antes de sua morte.

Porém, como diz o profeta Isaías: “Ele não abriu a boca” (Is 53,7). Senhor dos Passos, Patrono dos Aflitos e Sofredores, tente piedade de nós!