Dom Valdir: Santo Antônio é de Deus e um grande exemplo de vivência do Evangelho
Na noite em que a Igreja celebrou a memória de Santo Antônio, 13 de junho, a paróquia da forania Taboão da Serra que leva o nome do santo do dia, celebrou o padroeiro em clima de alegria e com grande festa pela presença do bispo diocesano, Dom Valdir José de Castro, ssp, que visitou a paróquia pela primeira vez.
Padre Nilton Ficone Junior, pároco, no início da celebração desejou as boas vindas a Dom Valdir que retribuiu agradecendo a acolhida de todos e também saudou a presença do padre Alessandro Masoletto, que concelebrou.
Santo Antônio, um dos mais populares no Brasil e no mundo, foi homenageado na paróquia com uma trezena, entre os dias 31 de maio e 12 de junho, que contou com a presença de padres amigos e grande participação dos fiéis.
Falando aos fiéis, Dom Valdir brincou com a comunidade perguntando se o Santo Antônio daquela Igreja era de Pádua ou de Lisboa e refletiu: “Em um lugar ele nasceu e no outro ele morreu, mas o mais importante é que Santo Antônio é de Deus. O Evangelho que acabamos de ouvir, “do Sal da terra e Luz do mundo” se aplica perfeitamente ao padroeiro desta paróquia que não foi só um grande pregador, mas viveu uma vida dedicada ao Evangelho. Sim, ele proferia bonitos sermões, mas praticava o Evangelho em seu cotidiano ajudando aos pobres, aos mais necessitados”.
E ainda falou sobre o grande Santo Antônio, como Sal da terra e Luz no mundo: “O pão tem um grande simbolismo, do pobre, de partilha. Santo Antônio ao distribuir os pães, que antes abençoava, desejava que ninguém tivesse nem fome de pão, nem fome de Deus. Santo Antônio foi ‘Sal da terra e Luz’ no mundo como Jesus pede a todos nós no Evangelho. Este grande franciscano fez bonitas obras em favor do reino de Deus, especialmente servindo aos necessitados, indo em direção àqueles que sofrem e que são abandonados, vivendo o Evangelho e nos deixando um bonito exemplo”.
Depois da homilia a comunidade entoou em uníssono a ladainha ao santo, como fez em todos os dias da trezena.
Benção dos pães e bolo de Santo Antônio
A tradicional benção do ‘pão’ aconteceu nas duas celebrações do dia que ocorreram as 15 e às 20 horas. Dom Valdir ao proferir a benção para as centenas de pães depositados nos pés da imagem lembrou o significado caritativo do gesto: “Pedir a benção dos pães é ocasião para que nós nos inspiremos a cultivar os valores da vida e da partilha, repartir o pão, alimentar os que têm fome”.
No final da celebração o gigantesco e tradicional bolo dedicado ao padroeiro e montado no salão paroquial, foi abençoado pelo bispo e distribuído para toda a comunidade.
Pão de Santo Antônio
A história do “Pão de Santo Antônio” remonta a um fato curioso que tradicionalmente é assim narrado: Antônio comovia-se tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer: os pães tinham sido roubados. Atônito, foi contar ao santo o ocorrido. Este mandou que verificasse melhor o lugar em que os tinha deixado. O Irmão padeiro voltou estupefato e alegre: os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades e aos pobres do convento.
Até hoje na devoção popular o “pãozinho de Santo Antônio” é colocado, pelos fiéis nos potes de arroz, com a fé de que, assim, nunca lhes faltará o de que comer.
Mais do que uma lenda, é importante perceber toda a riqueza do seu simbolismo. A história revela toda a rica dimensão apostólica da vida de Santo Antônio.