Na Festa da Conversão de São Paulo, Dom Valdir celebrou a missa no São Paulo Futebol Clube
O recém ordenado bispo da Diocese de Campo Limpo, Dom Valdir José de Castro, ssp, presidiu a santa missa da Festa da Conversão de São Paulo, dentro do estádio do São Paulo Futebol Clube, onde existe uma comunidade que leva o nome do Apóstolo e pertence à paróquia de Santa Suzana.
Com a comunidade e com membros do Clube, o pároco, padre Manoel Corrêa Viana Neto, recebeu o bispo diocesano e o padre Adriano Zandoná, missionário da Comunidade Canção Nova. Juntos, concelebraram a missa que fez parte das comemorações dos 93 anos do Clube, dos 33 anos de existência da Comunidade São Paulo Apóstolo, e lembrou também os 469 anos da cidade de São Paulo.
Bispo Diocesano de Campo Limpo desde 26 de novembro de 2022, Dom Valdir iniciou a celebração acolhendo as intenções dos fiéis presentes e apresentando-as ao Senhor. Depois, fez referência ao carisma de sua congregação, a Pia Sociedade de São Paulo (Irmãos Paulinos).
Na homilia, olhando para o padroeiro, São Paulo, Dom Valdir iniciou sua reflexão destacando a ordem de Jesus aos seus discípulos: Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho. “Mas, o que é o Evangelho?”, perguntou à assembleia, respondendo ele mesmo que “a pessoa de Jesus é o Evangelho vivo”.
Destacando que o significado da palavra Evangelho, a boa notícia pregada por Paulo, é o próprio Jesus: “Não há evangelização se a gente não se encontra com Jesus para dizer o que Ele quer”, enfatizou Dom Valdir, falando do grande encontro de Paulo com Jesus, razão da festa celebrada nesta data.
Aquele que se chamava Saulo era um fariseu radical e perseguidor de cristãos, experimentou o encontro verdadeiro com Jesus ressuscitado. Conforme Dom Valdir, fala-se da conversão de Paulo no sentido de uma mudança radical na compreensão de Deus, na revelação que aconteceu em Jesus. Apontando a grandeza de Paulo como evangelizador das grandes cidades, Dom Valdir citou passagens das cartas deixadas pelo Apóstolo mostrando que trocou ele a frieza da lei pelo coração de Jesus, tornando-se mais humano.
São Paulo é o homem da fraternidade, disse o bispo convidando os fiéis a olhar para o apóstolo neste tempo de tanta polarização. “Paulo é o homem da comunicação. E entendemos que comunicar é criar comunhão”, continuou ressaltando a comunhão com as diferenças. A fé cristã nos ajuda a ir além das diferenças.
“Tenho dito que Paulo é o artesão da comunhão, que trabalha em equipe, com as comunidades, com homens e mulheres. Isso já é evangelho” afirmou Dom Valdir, que encerrou a homilia propondo que cada um reflita sobre seu papel e sua ajuda a criar comunhão na comunidade e na sociedade que é cada vez mais plural. “A Igreja é este corpo, cuja cabeça é Jesus e os membros somos nós, cada um com seus dons. Vamos rezar para que o Espírito Santo nos dê sabedoria para respeitarmos os dons dos outros e colocarmos nossos dons em prática, em comunhão”.
Aniversariantes do dia
Em 25 de janeiro de 1554, a missão jesuítica, liderada pelos padres José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, celebrou a primeira missa no local onde foi fundado o Colégio de São Paulo de Piratininga, formando a Vila que deu origem à cidade de São Paulo. Com isso, o dia no qual a Igreja celebra a memória litúrgica da conversão de São Paulo Apóstolo, passou a ser também aniversário da cidade que se tornou a maior do Brasil.
Bem mais novo, o São Paulo Futebol Clube (SPFC) foi fundado em 25 de janeiro de 1930. Instalado inicialmente no Canindé, o clube social do São Paulo Futebol Clube se mudou para o bairro do Morumbi em setembro de 1962.
As celebrações eucarísticas nas dependências do clube vieram décadas mais tarde. A partir de 1990, a pedido do então presidente, Dr. José Eduardo M. Pimenta a Dom Emílio Pignoli, primeiro bispo diocesano, teve inicio uma presença mais intensa, contínua e frutuosa da comunidade no clube. A paróquia de Santa Suzana foi fundada em 12 de outubro de 1996 e atualmente possui quatro comunidades, uma delas é a São Paulo Apóstolo.