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Jubileu de Prata

Paróquia Santo Eugênio de Mazenod celebra Jubileu de Prata

Para este tempo de Graça, em que o Senhor renova a fé e a vida comunitária, foi escolhido o lema: "Há 25 anos caminhamos com Eugênio. Impulsionados pelo amor a Jesus Cristo, seguiremos perseverantes!”
 |  Núbia Nascimento  |  Paróquias

No dia 28 de outubro, mais de 600 pessoas participaram com júbilo e gratidão a Deus da festa do Jubileu de prata paroquial. Cerca de 180 voluntários, se dividiram entre as mais diversas atividades para organizar a Escola Estadual Octalles Marcondes Ferreira, para acolher a intensa programação preparada pela Comissão jubilar, onde inclusive aconteceu a celebração eucarística em ação de graças.

Antes da Santa Missa, presidida por dom Valdir José de Castro, bispo diocesano, os paroquianos aproveitaram à tarde no Show de Prêmios e se emocionaram com o Pocket Show “Amigos de Eugênio cantam” apresentado pelos músicos das diferentes comunidades que compõe a paróquia.

Durante a tarde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as diferentes atividades que acontecerão na paróquia até o final do mês de dezembro. As famílias puderam se inscrever para os  grupos de novenas de Natal, para homenagear seus entes falecidos na celebração de Finados e para receber a visita das Capelas Missionárias de Santo Eugênio. Os participantes puderam ainda se deliciar na lanchonete animada pelos voluntários.

Quem passou por ali também pode conhecer a programação da segunda edição do Circuito de Natal, que acontecerá no próximo dia 03 de dezembro e ainda ir à busca do seu nome em um painel construído colaborativamente. De longe era possível observar o desenho de uma capela e quem se aproximou do mural viu que as paredes eram formadas por nomes! Foram quase 4000 nomes de paroquianos coletados de diversas formas para construir esta homenagem -  localizar o próprio nome no painel tornou-se uma atração a mais.

Esta foi à forma escolhida pela comissão para homenagear a todos ao invés de apenas alguns representantes! - Este painel ficará exposto ao longo do ano nas comunidades.

No início da celebração eucarística, padre Eduardo Assis, OMI agradeceu a presença de dom Valdir ressaltando a alegria de todos em recebê-lo pela primeira vez na paróquia e agradeceu também a presença dos demais co-celebrantes: padre Lindomar Felix da Silva - Provincial OMI, padre Antônio Sobrinho,  OMI,  padre Sérgio de Santana, OMI, padre Rubens Pedro Cabral, OMI - primeiro pároco da paróquia e padre Carlos Lucena, OMI - vigário paroquial.

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Dom Valdir, por sua vez, manifestou sua alegria em se unir a paróquia neste momento,  estendeu seu agradecimento a Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada por sua contribuição e zelo apostólico. O bispo diocesano ainda destacou a importância de, ainda no início da celebração, lembrarmos e rezarmos por nossos irmãos e irmãs que morreram na amizade e na paz de Deus e nos deixaram uma herança de vida fundamentada na fé, e ainda parabenizou toda a comunidade pela especial dedicação a realização do Jubileu.

Um breve histórico foi apresentado por uma das paroquianas, Cremilda dos Santos Marques, da Comunidade São Roque, visivelmente emocionada, ao recordar as quase seis décadas de caminhada e os 25 anos de elevação paroquial.

Dom Valdir, fez questão de conduzir sua homilia bem próximo ao povo, motivando a todos a fazer o bem, de coração e com amor. “Esse gesto, tanto faz bem ao próximo, quanto a nós também”, enfatizou. Suas palavras foram acolhidas com atenção e alegria.

Antes do momento do ofertório, representantes que fizeram parte dos primeiros passos de cada uma das comunidades ofertaram, em um gesto de agradecimento, a imagem de cada um dos santos padroeiro das comunidades. Estas imagens somaram-se no entorno da imagem e da Relíquia de Santo Eugênio, reforçando o entendimento de que a paróquia é formada por suas comunidades e seu povo.

Logo após o momento da comunhão dom Valdir, acolheu sete jovens convidados a serem os primeiros a receber as Capelas Missionárias  que peregrinarão pelas casas dos paroquianos. As capelinhas e todo o povo foram abençoados e enviados. As Capelinhas seguirão de casa em casa motivando as orações pela restauração da fé, da cura das famílias e pela conversão e acolhimento de todos, em particular dos nossos jovens!

Os Voluntários são um capítulo à parte nesta festa

Ainda dentro da celebração, representando todos os voluntários, foram homenageados o senhor Geraldo Rafael Arcanjo dos Santos, 89 anos, que se colocou à disposição para servir na equipe da limpeza e organização, e aceitou de coração aberto quando foi designado para a equipe da acolhida, e Nicole Gomes Machado, 08 anos, que serviu ao altar junto com a Pastoral dos Coroinhas e Acólitos. A vivência e a experiência dos mais velhos somados ao vigor e empolgação dos mais jovens deram o tom da festa.

“A experiência de conviver com diferentes pessoas, valores e conceitos faz com que aprendamos a respeitar  cada singularidade, com isso tenho a  possibilidade de interagir melhor com meus irmãos em Cristo e estar preparada para ter a compreensão.” Flávia Pichinine (da Comunidade Nossa Senhora Aparecida e uma das coordenadoras da equipe comercial) 

“Foi muito legal fazer parte deste ministério de música. Foi uma soma de pessoas que já tinham experiência com os palcos e que tiveram paciência  para acolher, ensinar e abrir espaço para quem ainda não tinha (como eu). Pela humildade e pela amizade, guardarei essa experiência com carinho.” Vanessa da Silva Lima (da Comunidade Santo Antonio, voluntária na música e na comunicação).

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“Agradeço primeiramente a Deus por estar viva e com 76 anos ter saúde e disposição para contribuir com o serviço em nossa paróquia Santo Eugênio de Mazenod. No momento da celebração me lembrei dos meus irmãos em Cristo que já estão no céu e dos doentes que faço visita e não puderam estar nesta linda festa. Fiquei muito feliz em encontrar tantos amigos e desfrutar deste importante momento para todos nós.” Eva Pichinine (da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, voluntária na lanchonete e na liturgia)

“As palavras do bispo me emocionaram muito, ele se colocou próximo de nós, falou olhando nos nossos olhos, usou palavras simples e passou a mensagem com clareza, fiquei feliz de entender tudo que ele disse.” Maria Netrice Nascimento da Silva (da Comunidade Verbo Divino, participante das atividades).

Perguntado sobre como se sentia em viver este momento com a paróquia,  Padre Eduardo Assis, OMI - missionário por muitos anos no Japão - usou a expressão: お疲 れ 様 でした! (Otsukaresamadeshita!). Segundo ele, “esta expressão comunica, ao mesmo tempo, o reconhecimento do trabalho duro e cansativo que todos ofereceram no processo de preparação e a gratidão que sinto por poder participar de todo este processo”.

O Pároco ainda destacou: “As diferenças de cada pessoa que participaram da festa, em todos os diferentes modos, se manifestaram como uma oportunidade de vislumbrar a sinodalidade que acreditamos e trabalhamos para ser a expressão maior de nossa fé no Cristo Jesus que caminha conosco todos os dias e nos anima. Enfim, me sinto um privilegiado de poder estar aqui, neste pós-pandemia, participando deste retorno a vitalidade das comunidades que formam esta nossa paróquia”.

Ainda como partes das comemorações foram distribuídos bolo e medalhinhas do padroeiro a todos os presentes.

Sobre a Paróquia Santo Eugênio de Mazenod

A paróquia, dedicada ao Bispo e fundador da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada e padroeiro das famílias feridas, completa 25 anos no dia primeiro de novembro - dia de todos os santos. As primeiras comunidades surgiram entre as décadas de 60 e 70 fruto de uma ocupação desordenada de famílias que migravam para a região que hoje compreende o Parque Santo Antônio e adjacências, em busca de emprego.

Desde aquele tempo esta região foi terra de missão para religiosos e religiosas que não se acovardaram diante dos inúmeros desafios: os Verbitas, as Irmãs Mensageiras de Santa Maria e os Oblatos de Maria Imaculada caminharam lado a lado desta parcela do povo de Deus em auxílio e socorro às necessidades da população que passava a ocupar uma das regiões mais pobres e violentas de São Paulo e desde aquela época, tão negligenciada pelo poder público.

Dom Emílio Pignoli, em novembro de 1998 presidiu a celebração que elevou à paróquia.  Naquele tempo a paróquia era formada por 4 comunidades: Santo Antonio (matriz),  Verbo Divino, Nossa Senhora Aparecida e São Roque.

De lá para cá foi acolhida a comunidade Santa Rita e nasceram as comunidades São João Batista (1999) e Santo Eugênio de Mazenod (2017).  Nestes 25 anos atuaram como párocos: padre Rubens Pedro Cabral - OMI, José Cássio Costa - OMI, José de Paulo Viana- OMI e desde fevereiro de 2022 padre Eduardo de Assis Santos, OMI. 

Quem foi Eugênio de Mazenod?

Eugênio de Mazenod, foi um jovem francês, que vivenciou tempos de guerra e o impacto que isso trouxe para sua realidade familiar. Exilado, sofreu com a separação de seus pais.

Diferente de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões, que viveu em um lar onde os pais construíram, dia após dia, um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, Eugênio viveu momentos de incerteza e de desafios em uma família ferida e essas dificuldades o acompanharam em sua escolha radical de Cristo.

Santo Eugênio foi canonizado em 1995 pelo Papa São João Paulo II. Assim como ele existem muitos  de nós que estão feridos por causa da nossa experiência de vida familiar. A seu exemplo que possamos colocar nossas vidas com confiança na infinita misericórdia de Deus.