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Pastoral Familiar

VI Simpósio Diocesano da Pastoral Familiar destaca acolhida, formação e cuidado com as feridas humanas

Simpósio reforçou que a Igreja é chamada a ser casa de misericórdia para todas as famílias.
 |  Sem. Leandro Félix  |  Diocese
Fotos: Andrea Rodrigues

“Famílias feridas: amadas por Deus e cuidadas pela Igreja.” Com esse tema, a Pastoral Familiar da Diocese de Campo Limpo realizou, no dia 20 de novembro, o VI Simpósio Diocesano, no Auditório São Paulo Apóstolo, ao lado da Catedral Sagrada Família. O encontro reuniu agentes de pastoral, sacerdotes e famílias para um dia de formação, oração e partilha.

As atividades começaram com a Santa Missa, presidida pelo bispo emérito, Dom Luiz Antonio Guedes, diretor espiritual da Pastoral Familiar. A homilia foi conduzida pelo assessor diocesano da pastoral, padre Francisco Glênio de Almeida, que ressaltou a importância de uma pastoral marcada pela acolhida: “precisamos ser uma pastoral que não aponte o dedo, mas estenda a mão; que não julgue, mas receba com misericórdia todos os que têm sede de Deus”.

A primeira conferência, ministrada pelo padre José Hercílio Pessoa de Almeida, abordou “as feridas invisíveis e a saúde mental”. O sacerdote destacou a necessidade de fortalecer a escuta sensível e a acolhida, lembrando que a dor do outro nunca deve ser minimizada, mas compreendida e acompanhada.

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VI Simpósio reuniu mais de 250 inscritos.

Na segunda conferência, o padre Aloísio de Melo Sousa tratou sobre a formação da consciência, a vivência dos valores cristãos e a busca pelas virtudes. Ele enfatizou que a Pastoral Familiar deve ser um espaço que forma, orienta e ilumina, e não que impõe.

O encontro também contou com o testemunho do casal Gleice e Luciano, que compartilhou sua experiência no caminho da adoção, uma realidade presente na vida de muitas famílias, mas frequentemente pouco discutida.

Já no período da tarde, uma mesa redonda reuniu o padre Glênio, o padre Wallace Almeida Adorno e o seminarista Leandro Felix para refletir sobre os desafios pastorais relacionados aos chamados “casos especiais”: solteiros, viúvos e casais em nova união. Padre Wallace apresentou aspectos de seu trabalho pastoral com esses grupos e estimulou as comunidades a acolherem, com abertura e sensibilidade, realidades tão presentes nas paróquias.

O seminarista Leandro partilhou elementos de seu Trabalho de Conclusão de Curso sobre a viuvez e recomendou o livro Itinerário para casais em nova união como subsídio eficaz para a pastoral. Ele recordou que a missão da Pastoral Familiar é ser, no mundo atual, o bom samaritano que se aproxima, cuida e acompanha aqueles que vivem feridas profundas.

O simpósio foi encerrado às 17h com a bênção do Santíssimo Sacramento, enviando todos os participantes a levarem às comunidades o aprendizado e as reflexões vivenciadas ao longo do dia.