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Fórum, realizado em Brasília, aponta caminhos para a campanha Laudato Si’ + COP 30 na Igreja do Brasil

A atividade, que ocorreu de forma híbrida, com participantes também numa sala virtual, foi organizada pelo Grupo de Articulação da Campanha Laudato Si’ + COP 30 e reuniu dezenas de organizações.
 |  CNBB  |  Igreja no Brasil
Fonte: CNBB

Definição de diretrizes, construção de um caminho de mobilização e preparação para a COP 30 e indicação de ações para os próximos dois anos foram o resultado do Fórum Laudato Si, realizado na quarta-feira, 6 de dezembro, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília (DF). A atividade, que ocorreu de forma híbrida, com participantes também numa sala virtual, foi organizada pelo Grupo de Articulação da Campanha Laudato Si’ + COP 30 e reuniu dezenas de organizações.

A proposta do evento, de finalizar o exercício de Planejamento Estratégico da Campanha para os anos de 2024 e 2025, como um caminho de preparação para a Igreja do Brasil em vista da COP 30, contou com uma programação que articulou conferências e trabalhos de grupo. Entre as apresentações realizadas no período da manhã, houve uma memória do caminho da Campanha Laudato Si’. Logo em seguida, o professor Luiz Marques, da Unicamp, fez uma retomada do caminho das Conferências do Clima e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, apresentando um cenário de desafios e perspectivas em vista da Conferência que será realizada no Brasil em 2025.

Ainda pela manhã, Moema Miranda, leiga Franciscana e assessora da Repam-Brasil e da Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração, falou sobre a caminhada da Igreja Católica por Justiça Climática, destacando os avanços do episcopado do Papa Francisco e as iniciativas e documentos do magistério da Igreja que hoje sustentam as reflexões e ações em vista do cuidado com a Casa Comum.

No período da tarde o grupo retomou as escutas realizadas com mais de 100 organizações católicas, entre os meses de setembro e novembro, e a partir delas e das reflexões da manhã, apontaram diretrizes e iniciativas para orientar a Campanha nos anos de 2024 e 2025. Além disso o grupo propôs uma série de atividades para o calendário comum nesse itinerário de mobilização e incidência.

De acordo com a irmã Maria Irene Lopes, secretária executiva da Repam-Brasil, assessora da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e membro do Grupo de Articulação da Campanha, o Fórum foi um espaço plural de participação e oportunizou a sinergia entre as organizações.

“Além de promover um debate sério e consistente, conseguimos nesse tempo de Campanha reunir muitas organizações e parceiros para somar conosco nessa grande mobilização que precisamos fazer em vista da nossa casa comum. O Fórum foi esse espaço em que todos pudemos colocar nossas vozes e oferecer o que nossas organizações, enquanto Igreja, podem realizar nesse grande itinerário”, afirmou a religiosa.

Para Eduardo Nischespois, coordenador de campanhas do Movimento Laudato Si’, o objetivo do Fórum foi cumprido.

“Saímos com um indicativo de planejamento, com diretrizes, iniciativas e ações que, agora, vão ser organizados em uma grande agenda para a Campanha”, afirmou. Ainda, segundo  Nischespois, muitas outras questões foram levantadas no Fórum que precisarão ser encaminhadas com a presidência da CNBB. “A Campanha cresceu e novas demandas surgiram, o que é muito positivo e aponta que o trabalho tem sido feito com muito dinamismo e comprometimento. Agora, precisamos avaliar com o Grupo de Articulação e CNBB, para entender os próximos passos que precisarão ser dados”, esclareceu.