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Planos Pastorais

Caminho evangelizador da Diocese de Campo Limpo: Uma jornada de Planos Pastorais

Cada plano pastoral não apenas continuou o trabalho do anterior, mas também trouxe novas perspectivas e energias, refletindo uma Igreja viva, dinâmica e em constante busca de aperfeiçoamento na sua missão de evangelizar.
 |  Andrea Rodrigues  |  Diocese

Desde sua criação, a Diocese de Campo Limpo tem traçado um caminho evangelizador repleto de fé, dedicação e inovação. A centralidade da Palavra sempre foi a diretriz prioritária e, em 1989, Dom Emílio Pignoli, ao compreender o modelo de evangelização local, lançou o documento "Os Ministérios na Igreja a Serviço do Mundo". Este documento não era apenas uma diretriz, mas um convite para clérigos e leigos percorrerem juntos um caminho como “luz, sal e fermento”, refletindo o desejo de tornar a fé palpável e transformadora.

Logo em janeiro de 1990, Dom Emílio apresentou o primeiro plano pastoral, uma verdadeira ferramenta de Comunhão e Participação. Este plano, profundamente enraizado na longa tradição evangelizadora da região e nas importantes decisões das assembleias dos bispos do Brasil e dos encontros de Medellín (1968) e Puebla (1979), estabeleceu um novo marco para a Diocese. Naquela época, a Diocese contava com 63 padres, sendo 85% religiosos, e 39 paróquias, incluindo 5 'quase-paróquias'. As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) foram integradas de forma vital na pastoral orgânica missionária, destacando o papel ativo e dinâmico das pequenas comunidades.

Seis anos depois, em 1996, o segundo plano pastoral foi lançado, incorporando as quatro exigências fundamentais da evangelização: Serviço, Diálogo, Anúncio e Testemunho de vivência comunitária. Este plano reforçou as seis dimensões da pastoral orgânica: Comunitária e Participativa, Missionária, Bíblico-Catequética, Litúrgica, Ecumênica e Sócio-Transformadora. Em 1998, com a chegada dos 10 anos de criação da Diocese, o documento "Ano de Deus Pai, Caridade e Reconciliação" foi criado, enfatizando a renovação das pastorais sociais e a importância do sacramento da Reconciliação.

Em 1999, a 10ª Assembleia Geral Diocesana aprovou o terceiro plano pastoral, votado por 347 delegados. Este plano ampliou as exigências da evangelização, despertando nos fiéis leigos a consciência de seu papel transformador na Igreja e na sociedade. Novas equipes, como a Equipe Diocesana de Catequese, foram criadas, e as missões foram intensificadas, valorizando projetos como o "Desperta Campo Limpo".

O quarto plano pastoral, em vigor de 2004 a 2007, manteve o Projeto Diocesano de Nova Evangelização (Prodine) e realizou um censo religioso para entender melhor a missão evangelizadora. Este plano, conhecido como o "diamante da pastoral de conjunto", foi detalhado e eficaz, com 321 resoluções, refletindo um sistema pastoral em perfeito funcionamento.

Com a chegada de Dom Luiz Antônio Guedes, em 2008, e depois de se aprofundar nas questões de evangelização e pastoral, decidiu planejar o quinto plano pastoral, que foi lançado em 2010. Este plano abordou as mudanças sociais, políticas, culturais, econômicas e religiosas, questionando a adequação das estruturas pastorais existentes aos novos tempos. Seguindo as orientações da Igreja, procurou evangelizar através do tríplice múnus da Palavra, Liturgia e Caridade, com foco no serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão fraterna, sem invalidar de nenhuma maneira os trabalhos realizados até ali.

O sexto plano pastoral, vigente desde 2017 e que deveria valer até 2020, enfrentou os desafios da pandemia do Coronavírus e a chegada do terceiro bispo diocesano. Este plano continuou a tradição pastoral diocesana, contemplando as conquistas. Sua prioridade foi a Pastoral de Conjunto, Formação e Missão, e este plano estabeleceu 10 metas urgentes, atendendo ao chamado do Papa Francisco para ser uma Igreja em saída, aberta e acolhedora.

Dom Valdir lançou há um ano uma Carta Pastoral, a primeira em 34 anos, intitulada, “Tudo por causa do Evangelho”, que é uma reflexão sobre os caminhos de evangelização, a respeito da qual todos somos chamados a trilhar, à luz do Evangelho na sinodalidade, comunicação e conversão pastoral. Não existe uma data estabelecida para que o 7º plano de pastoral esteja disponível, mas temos as diretrizes abordadas na carta: sinodalidade, comunicação e conversão pastoral.

A Diocese de Campo Limpo, ao longo dos anos, tem se mantido fiel à sua missão evangelizadora, adaptando-se às mudanças e desafios, sempre guiada pela centralidade da Palavra e pelo compromisso com a Comunhão e Participação. Cada plano pastoral não apenas continuou o trabalho do anterior, mas também trouxe novas perspectivas e energias, refletindo uma Igreja viva, dinâmica e em constante busca de aperfeiçoamento na sua missão de evangelizar. Esta jornada é um testemunho apaixonante de fé e dedicação, mostrando como uma comunidade pode se transformar e crescer em sua caminhada com Deus.