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Missa da Unidade

Diocese da largos passos avança em sua caminhada sinodal

A Diocese de Campo Limpo tem deixado o Espírito renovar a comunidade com as Missas da Unidade nas foranias. No mês de abril, as foranias M’Boi Mirim, São José e Itapecerica da Serra receberam as celebrações que têm preparado o caminho sinodal diocesano de comunhão, participação e missão.
 |  Andrea Rodrigues  |  Diocese

A fase diocesana, cujo objetivo é a consulta do Povo de Deus e que está acontecendo nas paróquias, se debruça nas palavras-chave para esse processo sinodal: Comunhão, Participação e Missão.  Elas são os pilares vitais de uma Igreja sinodal. Não há hierarquia entre elas. Pelo contrário, cada uma enriquece e orienta as outras duas. Há uma relação dinâmica entre as três que deve ser articulada tendo em conta as três em conjunto.

Comunhão: A comunhão tem sua inspiração em 1Cor 12, 4-31, onde o apóstolo Paulo apresenta a Igreja como um Corpo, em que Cristo é a Cabeça e cada batizado (a) é um membro ativo. A unidade deste Corpo é garantida por um único Espírito, um único Senhor e um único Deus; embora os dons sejam diferentes, bem como os serviços e o agir. A comunhão perpassa o amar uns aos outros e o cuidar uns dos outros, porque temos o mesmo objetivo; e é preciso que Cristo seja tudo e em todos. 

Participação: Do latim participatio, a participação é a ação e o efeito de participar (tomar parte, compartilhar, denunciar, ser parte de). Em sentido religioso, o termo é aplicado à capacidade dos cristãos de se envolverem nas decisões da Igreja e em todas as realidades em que vivem, como: família, trabalho, política, cultura, esporte, etc., opinando e propondo respostas à luz do Evangelho, sendo sal, luz e fermento na massa. Este tema é vasto no Concílio Vaticano II e tem se ampliado no magistério dos Papas pós Concílio, como no pontificado do Papa Francisco. 

Missão: Quando usamos o termo “missão”, o que queremos dizer? Como cristãos, temos a consciência de que a dimensão missionária da Igreja não é uma das suas características, mas o seu jeito próprio de ser, como afirma o Concílio Vaticano II: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na ‘missão’ do Filho e do Espírito Santo” (Decreto Ad Gentes,2). O Papa Francisco tem insistido também na dimensão existencial da missão, lembrando que “cada pessoa é uma missão e é para isso que está no mundo” (EG, 273). No batismo, somos enviados como cooperadores da missão de Deus no mundo, de acordo com os carismas recebidos do Espírito Santo e confirmados pela Igreja. Somos missionários, portanto somos missão. 

Forania Itapecerica

No dia 2 de abril, o Santuário de Nossa Senhora dos Prazeres e Divina Misericórdia recebeu a primeira missa da unidade da forania. Itapecerica, pela dimensão do território, teve duas missas da unidade. Dom Luiz Antônio Guedes presidiu a celebração acompanhado de muitos fiéis de diferentes paróquias da forania. Um grande número compareceu ao santuário e quase 10 mil pessoas acompanharam através das redes sociais.

Além do padre Alberto Gambarini, pároco do Santuário, estiveram presentes o padre Gilson Gilberto, da paróquia São Miguel Arcanjo; padre Alexandre Matias, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres e Divina Misericórdia; o diácono permanente Adilson Seguezi, da paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Lourenço; padre Sandro Ely, da Catedral Santuário Sagrada Família; padre Lidionor Sampaio, do Seminário Nossa Senhora Aparecida, padre Valdir Rodrigues, nesta data ainda na Paróquia São Pedro Apóstolo; padre César Rossi, da Paróquia Jesus de Nazaré; padre Marcos Patrício, da Paróquia São João Paulo II e padre Pedro Justino, da Paróquia de Santa Clara de Assis.

Padre Alberto expressou seu desejo de que a missa pudesse ser “um sinal de comunhão, que nós queremos continuar criando e crescendo, pois esse é o grande propósito de ser igreja. Uma igreja que caminha unida, uma unidade que é feita pela diversidade também, mas que faz a gente crescer na fé.”

Seguindo o raciocínio do pároco, o padre Marcos ressaltou a importância do início da caminhada da sinodalidade, feita a partir de um convite do Papa Francisco a todos. “A sinodalidade não é um evento, não é um slogan, não é um jeito de fazer as coisas. A sinodalidade que somos convidados pelo Papa Francisco é um novo jeito de ser igreja, não apenas de fazer igreja. Todos somos convidados, a partir da nossa fé, dos nossos propósitos comuns, do desejo de ser esse grande povo de Deus, a caminharmos todos juntos na mesma direção”, afirmou.

Em sua homilia, Dom Luiz recordou a fala de Jesus na história da mulher que seria julgada por ter sido surpreendida em adultério: “Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra... e ninguém pôde atirar a primeira pedra” e completou “Que nós também reconheçamos as nossas faltas, peçamos o perdão pelos nossos pecados, que saibamos compreender os outros em suas fraquezas e seus pecados, não fiquemos acusando as pessoas, e coloquemos nossa confiança na bondade de Deus, e nos voltemos para Ele, não para o pecado, para Deus, crescendo no amor para agradar o Senhor nosso Deus”.

Forania M’Boi Mirim

No domingo, 3 de abril, foi a vez da forania M’Boi Mirim receber a missa da unidade, que aconteceu no Santuário do Bom Jesus de Piraporinha, no Largo do Piraporinha, com a presidência do bispo diocesano.

Quase que a totalidade dos padres da forania estiveram presentes e em seu discurso inicial, o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Marcos Joaquim Patrício, agradeceu e impulsionou os participantes a serem protagonistas nesta etapa sinodal buscando ouvir a todos: “A finalidade da primeira fase do caminho sinodal é favorecer um amplo processo de consulta e tentar o máximo de inclusão e participação, chegando ao maior número de pessoas possível, e especialmente às que se encontram na periferia e que, muitas vezes, são excluídas e esquecidas”.

Ao final de sua homilia, Dom Luiz lembrou que: “Uma das propostas do sínodo é discernir o que o Espírito Santo quer dizer à Igreja, no meio de um mundo dominado pela intolerância é preciso que nós nos encontremos, olhemos nos olhos, nos amemos e que possamos aprender a desenhar uma Igreja onde o único Senhor é Jesus”.

Forania São José e mais Itapecerica

No final de semana dos dias 23 e 24 de abril, a Missa da Unidade aconteceu em mais duas foranias: São José – Capão Redondo e Itapecerica, desta vez nas paróquias que estão nos territórios das cidades de Itapecerica da Serra, mas também, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

Na forania São José, a paróquia acolhedora foi a Nossa Senhora Rainha da Paz, com seu pároco Manoel Messias de Oliveira. Os padres e os representantes das 9 paróquias da forania participaram com entusiasmo e receptividade para a Fase Diocesana Sinodal.

Raylson Araújo, teólogo leigo, falou sobre a importância da fase em que toda a diocese está atualmente e sinalizou que fazer o caminho sinodal é gerar processos: “A grande mudança da Igreja acontece pela mudança de cada um de nós. É preciso aproveitar este tempo proposto, não para impor o que achamos, mas para gerar processos para ajudar a nossa Igreja a ser melhor, à luz do Espírito Santo”.

Dom Luiz Antônio Guedes, presidente da celebração, ao falar sobre o evangelho do segundo domingo da Páscoa, mencionou o quanto devemos ser ambiciosos para ajudar no amadurecimento da Igreja: “A proposta do Papa Francisco para o Sínodo de 2023, quer ser um passo ambicioso no sentido de levar a Igreja a amadurecer uma prática sinodal, estendida a todos os seus âmbitos”.

No domingo, 24 de abril, a segunda missa na forania Itapecerica aconteceu na paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Lourenço, no centro de São Lourenço. A forania Itapecerica contou com duas missas, por ser um território bastante extenso.

A convocação para a participação no Sínodo foi feita também na ocasião, pelo jovem Raylson Araújo, que ao dar as explicações necessárias animou todos os presentes para a caminhada sinodal: “Estejamos motivados e animados para levar a discussão a todos os grupos já constituídos e muito além deles, a todos quantos queiram participar, como nos pede o Papa Francisco”, e concluiu: “Todos podem ajudar, até os que porventura nos insulte. Participemos desta etapa sinodal na dinâmica de um diálogo sem precedentes”.

Em todas as celebrações a ‘árvore sinodal’ recebe a luz das lamparinas, entregue a cada paróquia na abertura do caminho sinodal, e que, em sinal de unidade, é levada por um ou mais membros representando cada paróquia do território da forania onde é realizada a missa da unidade.

As próximas missas da unidade acontecem nas foranias Morumbi e Embu das Artes, nos dias 15 e 27 de maio respectivamente. 


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