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Casa da Juventude está de volta!

Ícone para os jovens da diocese, a Casa da Juventude é reinaugurada após obras de revitalização. No dia 24 de novembro foi realizada a apresentação e benção da nova Casa da Juventude.

 |  Redação  |  Diocese
Painel Casa da Juventude
Mayara Lamenha

Ícone para os jovens da diocese, a Casa da Juventude é reinaugurada após obras de revitalização. No dia 24 de novembro foi realizada a apresentação e benção da nova Casa da Juventude.

Dom Luiz, juntamente com o clero e fiéis leigos tiveram a oportunidade de conhecer o resultado de meses de obras e esforços da equipe responsável pela reconstrução da Casa. Ás 10 horas teve início a Santa Missa em ação de graças e, ao final, a casa recebeu a benção e oficialmente foi inaugurada para as atividades.

A Missa, presidida por Dom Luiz, foi concelebrada pelo clero da diocese e contou com a participação de jovens que, no passado, utilizaram o espaço.

Por longos anos a Casa da Juventude foi umas das principais casas de retiro utilizada pelos jovens de nossa diocese, em especial para a realização do Treinamento de Liderança Cristã (TLC). Por este motivo, a casa tem um valor sentimental muito grande para toda uma geração de rapazes e moças que viveram naquele local momentos de experiência com Deus. Por conta do desgaste e más condições do prédio, o uso da casa estava interditado há algum tempo.

Durante visita pastoral à paróquia São Mateus, no jardim Jaqueline, Dom Luiz ouviu o apelo de um jovem que relatou ao bispo o quanto a casa de retiros fazia falta. Este apelo se uniu ao de muitos outros jovens que aguardavam ansiosos para a utilização da casa.

Após longa reflexão e ouvir opiniões de diversos profissionais, o bispo diocesano pediu que fosse reformada a casa. Foi incumbido de levar esta tarefa adiante o Monsenhor Aguinaldo de Carvalho, reitor do Santuário Santa Terezinha e ecônomo diocesano. “Foi um grande desafio. Durante a obra tivemos várias surpresas, mas o resultado final foi surpreendente, graças a Deus. A casa, muito emblemática para a juventude, agora volta com mais força”, destaca o monsenhor.

 

Uma das primeiras tarefas foi a formação de uma equipe multidisciplinar com profissionais competentes para tocar uma obra de tamanha importância. Além do próprio Monsenhor, fizeram parte da equipe o padre Vitor (vigário do Santuário Santa Terezinha e engenheiro), os engenheiros Paulo Mayer e Marcos Velletri, Nilson (da administração do Cemitério Gethsêmani), os arquitetos Sergio Van Dursen e Heberth Teixeira, além de outras pessoas que prestaram grande auxílio durante todo o projeto. Segundo o monsenhor, esta é “uma equipe que vestiu a camisa dos interesses da diocese”.

Heberth Teixeira, arquiteto da cúria diocesana, lembra com carinho dos momentos lá vividos na sua juventude: “Quando jovem, eu e muitos outros, tivemos momentos marcantes naquela casa, e saber que anos depois, agora podendo através da minha formação profissional como arquiteto, estar com essa incumbência de projetar essa reconstrução me trouxe alegria, mas também a responsabilidade de ter que devolver para uso digno a principal casa de retiro da diocese”.

A experiência de ter participado da história da Casa da Juventude ajudou Heberth na elaboração do projeto de reconstrução. Recordando detalhes que são conhecidos  apenas por quem já realizou retiros no local, o arquiteto teve a oportunidade de relatar à equipe detalhes que poderiam passar despercebidos durante o projeto. “Para que não fosse um projeto qualquer tive que, em particular, relembrar os inúmeros retiros e encontros de jovens que fiz e assim migrar para os desenhos suas particularidades. Compartilhando, sempre com a equipe esses conceitos a casa em si tinha e se tornou um local confortável, bonito e funcional para um recolhimento pessoal”.

O conceito que norteou a elaboração do projeto foi mesmo a juventude. É preciso lembrar que esta casa está aberta para retiros e encontros de qualquer faixa etária, não apenas a juventude. Contudo, a busca intensa por parte dos retiros e encontros envolvendo jovens consolidou a vocação da casa em atender este público. Segundo Heberth, “por mais que seja uma casa de retiros, seu foco principal sempre foi um espaço para enriquecimento espiritual do jovem”.

 

As novidades da Casa

 Pelas condições nas quais a casa se encotrava foi necessário um alto investimento para reconstruí-la e modernizá-la. O ecônomo diosano confirma: “Nenhum outro empreendimento da diocese ganhou um investimento tão alto como a Casa da Juventude. Isso por si demonstra o grau de importância que a evangelização dos jovens possui para a Diocese”.

Os estudos realizados pela equipe indicaram que a melhor opção seria a reconstrução, com o reaproveitamento da estrutura da casa. Novos espaços foram criados, outros foram ampliados e reaproveitados. Na ala dos dormitórios coletivos banheiros com sanitários e chuveiros foram anexados, com a intenção de criar suites coletivas.

Os mais antigos devem recordar que os momentos de oração nos retiros eram realizados numa capela que ficava no Seminário Nossa Senhora Aparecida, localizado na mesma rua. Agora, a casa conta com uma bela e ampla capela com capacidade para cerca de 300 pessoas sentadas. Missas e momentos de oração contam agora com espaço adequado.

Além da Capela foi criada uma recepção para melhor organização dos retiros. O refeitório foi ampliado, tornando-se um espaço multiuso.

Monsenhor deseja que a casa sirva de apoio e comprometimento para os jovens na evangelização; jovens apóstolos de outros jovens: “todos os que lá passaram, todos os que lá fizeram seus retiros, seu TLC e outros encontros, voltarão com a autoestima muito mais elevada e isso irá suscitar um comprometimento maior dos jovens em nossas paróquias e comunidades”.

 

A Casa do Padre

 O próximo desafio da diocese é a construção da Casa do Padre, um empreendimento que servirá de amparo aos sacerdotes em diversas situações: padres idosos, enfermos, aqueles que se encontram de passagem pela diocese e outras variadas situações. Monsenhor espera que neste projeto todos os padres colaborem com suas opiniões. “Que haja um interesse coletivo do clero da diocese. Este projeto não pode ser resultado de vontades de um pequeno grupo, mas do comprometimento de todos. O período mais longo e mais trabalhoso será a elaboração do projeto. E para que seja um projeto bem sucedido será necessária a participação massiva do clero. Que cada um dê sugestões bem realistas, pensando que quando o padre precisar, a casa possa atendê-lo em suas necessidades”, destaca o ecônomo. Ainda em fase de estudos e planejamento, as obras para a Casa do Padre não tem previsão de início. Agendamento para retiros ligue para (11) 3584-9009.

 

Simbologia do Painel da Capela

 

 1ª cena: A Sagrada Família

 Cristo está no centro como sentido da missão da família e da missão pessoal de São José e da Virgem Maria. Segura uma lamparina significando ser Ele a Luz do Mundo, não esquecendo sua origem judaica com os elementos e vestes.

Maria está com a mão esquerda ao peito, cabeça inclinada e com postura voltada ao Cristo em gesto de adoração e submissão; suas três estrelas que estão na cabeça e nos ombros dão sentido iconográfico de sua virgindade antes, durante e pós-parto.

São José com o báculo dá sentido de chefe e condutor familiar, mas em postura de entrega, submissão e adoração diante do Filho de Deus.

As mãos de Maria e de José tocam Jesus dando o sentido espiritual em uma dimensão esponsal de que eles não só tem como missão a maternidade e paternidade mas também tem como Esposo do Deus Menino por sua virgindade  e vida consagrada a Deus.

 

2ª cena: O Batismo de Jesus

 Cristo é batizado por São João Batista, retratado na postura de servo de Deus. Ele mesmo diz não ser digno de desatar  as sandálias de Jesus. Conforme Mateus 3, 16, o Espírito de Deus paira sobre Jesus em forma de pomba.

A água do batismo atravessa a base do painel finalizando em Pentecostes, simbolizando a água da vida: “Se alguém tem sede, venha a mim e beberá, aquele que crê em mim! Conforme as Escrituras: De seu seio jorrarão rios de água viva.”

 

3ª cena: A Santa Ceia

 Na ceia Jesus é o centro de tudo! A mesa é um círculo perfeito significando o altar que é o próprio Cristo, o Alfa e Ômega, o princípio e o fim.  São João, o discípulo amado se encontra ao lado esquerdo de Jesus com a cabeça em seu ombro; os olhos fechados simbolizam sua entrega e submissão total a Ele.

Judas Iscariotes está com a mão na bandeja de pães e tem em sua cintura a bolsa de moedas.

Pedro está ao lado direito de Jesus e os demais discípulos estão atentos, contritos e com os olhos fixos em Cristo seu Mestre, menos Judas.

 

4ª cena: Crucifixão

 Esta cena ressalta o mistério Pascal de Cristo, onde a Virgem Maria se encontra ao seu lado direito e São João, o discípulo amado, ao seu lado esquerdo. Ali Cristo entrega sua Mãe à Igreja, que somos nós!

A Cruz inserida num círculo, dá a dimensão divina de que o Seu Reino não é deste mundo. O círculo também tem por simbologia o infinito que, por consequência, é símbolo de Deus. Jesus Cristo é cem por cento Deus e cem por cento homem.

A árvore que cresce em meio à água da vida é o pé da cruz. Seu fruto é a Ressurreição de Jesus Cristo.

Cristo se encontra crucificado mas com os olhos abertos em sinal de kénosis (esvaziamento), desapego e entrega a vontade do Pai!

 

5ª cena: O Pentecostes

 

Nesta cena a Virgem Maria está no centro como sacerdotisa e Esposa do Espírito Santo. Tem gestos daquela que intercede por nós, a advogada dos cristãos. Os discípulos estão ao redor reunidos cheios do Espírito Santo. As chamas sobre a cabeça simbolizam, falando em línguas de fogo onde tem como símbolo de uma chama a em cima de suas cabeças. Como podem ver cada personagem tem uma expressão bem singular onde nós como cristãos podemos nos identificar