Escolhe, pois, a vida! - Nota de Dom Luiz Antônio Guedes contra o aborto
A vida é o primeiro e principal bem de toda pessoa. Sem este bem nenhum outro será possível. O direito à vida do ser humano é inato e não outorgado pela sociedade ou pelo governo. Este direito precede qualquer outro e qualquer instituição. Ninguém está acima da vida humana, nem tem poder sobre ela. Diz o artigo 5º da Constituição Brasileira: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida...”. Os direitos previstos no artigo 5º da Constituição Federal são “cláusulas pétreas”, isto é, são direitos que não podem ser suprimidos, nem mesmo por emenda constitucional.
A maioria da população brasileira é a favor da vida e contra o aborto. Entretanto, verifica-se uma invasão da “cultura da morte” já denunciada por São João Paulo II. Novamente um partido político entra no Supremo Tribunal Federal com uma “Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442)”, propondo a abolição dos artigos 124 a 126 do Código Penal, o que na prática acabaria descriminalizando a prática do aborto no Brasil. Seria assim aprovado o aborto até a 12ª semana de gestação. Essa discussão no Supremo Tribunal está prevista, a princípio, para a primeira semana de agosto.
Em união com a Comissão Pastoral Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que se manifestou em nota no dia 26 de Julho de 2018, nossa Igreja Particular de Campo Limpo repudia a ADPF - 442 proposta ao Supremo Tribunal Federal, bem como o chamado “Ativismo do Judiciário”, ou seja, a intromissão do Supremo Tribunal na elaboração de leis, pois essa função compete ao Congresso Nacional.
Pedimos que nas missas desse próximo fim de semana, em todas as paróquias e comunidades de nossa diocese, seja feita na Oração dos Fiéis uma prece para que o aborto não seja aprovado no Brasil. Será bom que os padres expliquem o fato que está ocorrendo.
Sejamos todos animados e fortalecidos pelas palavras do Papa Francisco no empenho permanente na defesa da vida e da família: “... esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai essa convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno” (A Alegria do Evangelho n.213). Que todos caminhemos sob a luz do nosso Deus e a intercessão da Mãe Aparecida.
São Paulo, 27 de julho de 2018.
Dom Luiz Antônio Guedes
Bispo de Campo Limpo - SP
A vida é o primeiro e principal bem de toda pessoa. Sem este bem nenhum outro será possível. O direito à vida do ser humano é inato e não outorgado pela sociedade ou pelo governo. Este direito precede qualquer outro e qualquer instituição. Ninguém está acima da vida humana, nem tem poder sobre ela. Diz o artigo 5º da Constituição Brasileira: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida...”. Os direitos previstos no artigo 5º da Constituição Federal são “cláusulas pétreas”, isto é, são direitos que não podem ser suprimidos, nem mesmo por emenda constitucional.
A maioria da população brasileira é a favor da vida e contra o aborto. Entretanto, verifica-se uma invasão da “cultura da morte” já denunciada por São João Paulo II. Novamente um partido político entra no Supremo Tribunal Federal com uma “Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442)”, propondo a abolição dos artigos 124 a 126 do Código Penal, o que na prática acabaria descriminalizando a prática do aborto no Brasil. Seria assim aprovado o aborto até a 12ª semana de gestação. Essa discussão no Supremo Tribunal está prevista, a princípio, para a primeira semana de agosto.
Em união com a Comissão Pastoral Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que se manifestou em nota no dia 26 de Julho de 2018, nossa Igreja Particular de Campo Limpo repudia a ADPF - 442 proposta ao Supremo Tribunal Federal, bem como o chamado “Ativismo do Judiciário”, ou seja, a intromissão do Supremo Tribunal na elaboração de leis, pois essa função compete ao Congresso Nacional.
Pedimos que nas missas desse próximo fim de semana, em todas as paróquias e comunidades de nossa diocese, seja feita na Oração dos Fiéis uma prece para que o aborto não seja aprovado no Brasil. Será bom que os padres expliquem o fato que está ocorrendo.
Sejamos todos animados e fortalecidos pelas palavras do Papa Francisco no empenho permanente na defesa da vida e da família: “... esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai essa convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno” (A Alegria do Evangelho n.213). Que todos caminhemos sob a luz do nosso Deus e a intercessão da Mãe Aparecida.
São Paulo, 27 de julho de 2018.
Dom Luiz Antônio Guedes
Bispo de Campo Limpo - SP