Exposição Vocacional movimenta último final de semana do mês vocacional
Entre os dias 25 e 27 de agosto, aconteceu na Diocese de Campo Limpo uma Exposição Vocacional. Realizada na área externa da Catedral Sagrada Família, foram dias intensos de exposições dos diversos carismas presentes na Diocese, além dos muitos movimentos, associações e pastorais. Participaram deste primeiro ano 38 expositores.
Apesar do frio intenso durante todo o final de semana, a organização do evento estima que circularam na exposição sete mil pessoas. A estimativa tem razão de ser, pois durante o final de semana aconteceram três grandes concentrações: dos Ministros Extraordinários, na noite de sexta, 25, dos Catequistas no sábado à tarde, já bem tradicional, e no domingo, 27, dos Coroinhas e Marianinhas, que este ano teve uma participação ainda maior, com cerca de dois mil coroinhas.
A Exposição Vocacional é uma iniciativa já muito desejada pela Diocese de Campo Limpo e uma comissão foi articulada para que o evento cumprisse o intuito de fazer com que o 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil fosse vivido com intensidade através do lema proposto. “Trabalhamos para que todos os que pela exposição passassem tivessem o coração tomado do desejo de anunciar o Evangelho e entendessem que qualquer que seja a vocação escolhida, é preciso estar com os pés a caminho”, revelou a secretária de Pastoral, Sheyla Leite.
Na sexta-feira, atendendo ao chamado, mais de dois mil Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão compareceram à Santa Missa que marcou a primeira concentração dedicada ao ministério de leigos que exercem as suas atividades dentro das comunidades, mas também em saída. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Valdir José de Castro, ssp, que pontuou que o ministro deve ser como ponte “que liga as pessoas, que não podem estar na comunidade, a Jesus”. Os ministros foram ainda presenteados com um button para utilizar na veste durante a liturgia, sinal desta primeira concentração diocesana.
No sábado, as atividades começaram bem cedo, logo às oito da manhã. Bem agasalhados pelo frio intenso, os expositores já revelavam animados o que trariam para o dia intenso de atividades e visitas. Em cada um dos stands disponibilidade, novidade e atividades, que iam do lúdico a atividades intelectuais.
Durante todo o período da exposição, padres, que previamente decidiram participar, se revezaram em seis confessionários para o atendimento aos fiéis no sacramento da reconciliação. Uma praça de alimentação foi montada para atender os participantes.
O assessor das juventudes, padre Jefferson Sampaio da Silva, conduziu a Adoração ao Santíssimo Sacramento às 11 horas na Capela da Catedral e em seguida abençoou todos os presentes caminhando com o Santíssimo em todo o entorno das atividades da Exposição. Aconteceram ainda palestras com Emerson Almeida, Comunidade Colo de Deus e Silvio Stumpf, Comunidade Católica Mar a Dentro e momento mariano com o movimento Mães que oram pelos filhos.
Uma roda de conversa sobre vocação, às 14 horas, com mediação de Herick Alencar e a participação de leigos, religiosas e padres movimentou o corredor central da exposição, criando interação entre os que circulavam por ali. O momento permitiu a cada um dos “representantes” das principais vocações falarem um pouco das particularidades do chamado vocacional, bem como o caminho necessário para o discernimento do jovem.
Padre Márcio de Carvalho, coordenador da Pastoral Vocacional, lançou o convite para que todos participem do encontro vocacional promovido mensalmente pela Diocese aos quartos domingos: “Quando se fala de encontro vocacional, logo se pensa em ser algo para quem deseja ser padre ou freira. O encontro é aberto e voltado para todos os que desejam discernir sua vocação, seja ela qual for”.
Às 15 horas, foi a vez dos catequistas celebrarem esta vocação tão fundamental na Igreja. Muito antes, porém, vindos das diferentes partes da Diocese, os catequistas aproveitaram para visitar a exposição vocacional e também se confraternizarem. Pouco a pouco a Catedral foi sendo tomada pelos catequistas e, como todos os anos, o número de participantes foi bastante expressivo.
Na homilia da missa, Dom Valdir falou sobre a importância de conhecer Jesus para transmiti-Lo: “Jesus fez uma pergunta fundamental para Pedro. Quem dizeis que eu sou? Pedro, inspirado pelo Espírito, responde acertadamente. Em sua resposta Pedro conhece e reconhece Jesus e sobre essa profissão de fé a Igreja é construída. Jesus faz esta mesma pergunta a cada catequista, a cada um de nós e o que é importante à luz do que ouvimos de Pedro? Este encontro com Jesus”.
E ensinou: “É preciso antes de tudo ter um encontro com Jesus. Se não encontramos Jesus na oração, na Eucaristia, nas pessoas, especialmente nas mais simples, se não nos debruçamos no Evangelho, não saberemos quem é Jesus, por isso é fundamental que façamos esta pergunta: Quem dizeis que eu sou? Porque a ideia que cada catequista faz de Jesus é a ideia que ele vai passar para seu catequizando. Que Jesus estamos ensinando? É preciso se relacionar com Jesus para conhecê-Lo. Não deixem de estar perto de Jesus”.
Após a missa, Dom Valdir e os padres que concelebraram a Santa Missa visitaram a exposição. Entre eles Elinaldo Ferreira, da paróquia São Benedito, Rodolfo Camarotta, paróquia Sagrado Coração, Marcos Joaquim Patrício, paróquia São João Paulo II, Wellington Calixto, paróquia Cristo Libertador, Valdir Brito, paróquia Santos Mártires, Paulo Visintainer, paróquia Sagrado Coração – parque Ipê, Lourivaldo Lino, paróquia São Francisco de Assis e Carlos Francisco de Lucena, paróquia Santo Eugênio de Mazenod.
O frio ainda mais intenso na manhã do domingo não impediu que a exposição tivesse o público garantido. Com muita animação, expositores e participantes deram continuidade às atividades e, às 10 horas da manhã, um grande número de religiosas e religiosos participaram da celebração eucarística presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Pertencente à Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus, cujo carisma é rezar pelas vocações, Dom Ângelo foi convidado pela equipe organizadora da feira para celebrar e abrilhantar ainda mais o momento. Mesmo com a agenda apertada por conta dos compromissos na região episcopal Ipiranga, da qual é vigário episcopal, Dom Ângelo deixou uma forte mensagem vocacional na homilia.
“Nosso primeiro chamado é à vida. Deus nos chamou a viver, nos deu esse precioso dom. E para viver bem, é necessário responder com generosidade e amor ao chamado particular que cada um recebe”.
Mais uma vez, terminada a celebração, uma grande concentração de pessoas aproveitou para participar da exposição e dos shows
Outra concentração que aconteceu durante a exposição foi a dos Coroinhas e Marianinhas, que começaram a chegar já às 13 horas. Por motivo de mau tempo, a procissão que costuma sair da Praça do Campo Limpo até chegar a Catedral foi suspensa. Isto não desanimou as mais de duas mil crianças e adolescentes que, na impossibilidade de seguir com a procissão na área externa, apreciaram a procissão com o andor de São Tarcísio pelos corredores da Catedral, participando em seus lugares.
Em sua homilia, de forma bastante lúdica, Dom Valdir ensinou aos pequenos que o encontro com Jesus vai além do serviço do altar, o encontro acontece também “no pobre, no doente, naquele que sofre”.
E para explicar de forma simples as leituras do 21º domingo do Tempo Comum, o bispo motivou a assembleia a cantar uma parte da música: Amar como Jesus Amou, do Padre Zezinho. Embora as crianças, em sua maioria, não conhecessem a música, Dom Valdir as incentivou a repetir: “Amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou”. Interrompendo, perguntou: “Sonhamos como Jesus? Pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu, sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria e ao chegar ao fim do dia eu senti que eu dormiria muito mais feliz. Esta música tem uma letra muito bonita, porque ela nos mostra como é um estilo de vida cristão. Mas lembrem-se que não basta professar a fé afirmando que Jesus é o Messias se não nos encontramos com Ele. Conhecer Jesus é ir ao seu encontro, na oração, na Eucaristia, no irmão”.
Ao término da missa, sob forte garoa, a Pastoral Vocacional Diocesana apresentou o processo de discernimento vocacional e as etapas formativas.
Shows
Um dos momentos mais aguardados pelo público visitante da exposição foram os shows previstos para a programação do evento. No sábado, subiram no palco principal, a partir das oito da noite, as bandas: Anjos de resgate, Ana Gabriela e Ministério Colo de Deus, que empolgaram e emocionaram muitos dos presentes.
Anjos de Resgate gerou certa nostalgia aos mais antigos, através de canções que marcaram uma geração. Os mais novos, por sua vez, estavam sintonizados com os louvores e a agitação do Ministério Colo de Deus e também de Ana Gabriela, da Comunidade Shalom.
A animação e apresentação dos shows ficou por conta do padre Wesley Michel da Cruz, pároco na paróquia Santa Rosa de Lima e fundador do retiro Ágape. Os jovens que participam do retiro Ágape ajudaram na animação dos shows que encerraram o segundo dia da exposição.
No domingo, as apresentações tiveram início ao meio-dia. Ministério Ágape e Camila Perrucini fizeram o público ‘pegar fogo’ com muito louvor e músicas para aquecer o coração. Na parte final da exposição vocacional, mais uma sequência de shows com nomes que mexeram com todos. Mesmo sob chuva forte, o público não deixou a frente do palco onde assistiram aos shows de: Flávio Victor Junior, Marília Mello, Vida Reluz e Davidson Silva. Davidson, próximo ao final de seu momento, convidou todos os seminaristas da Diocese para dedicar a eles uma canção e incentivar o público a rezar pelas vocações.
A primeira Exposição Vocacional foi considerada um sucesso e o desejo é que a cada ano ela se consolide com ainda mais stands, atrações e, sobretudo na variedade de dons e carismas.