Moradores de Paraisópolis participam emocionados de missa de 7º dia
No último sábado (7), o Padre Luciano Borges, da Paróquia São José Operário, Forania Morumbi, celebrou uma missa campal pelos nove jovens mortos em Paraisópolis no final de um baile na mesma comunidade na semana anterior.
A celebração marcada pela emoção recordou o sofrimento das vítimas e seus familiares, assim como os desafios encontrados nas áreas de segurança, lazer e educação.
Participaram concelebrando os padres Darci Bortolini, Manoel Corrêa Viana Neto, Lourivaldo Lino, Pedro Paganin e Pe. Miguel Aparecido Romano, reafirmando na Eucaristia, presença viva de Cristo, o seu projeto de paz e de “vida em abundância”.
Na abertura, Padre Darci, Vigário Foraneo da região do Morumbi, recordou o Evangelho da Paixão de Cristo dizendo:
Na sexta feira da paixão lemos o Evangelho de Lucas. E lá no Monte do Calvário, os conhecidos de Jesus e um grupo de mulheres que haviam seguido o mestre desde a Galileia, olhavam a certa distância. Depois que desceram Jesus da cruz, Ele foi colocado nos braços da mãe. Sua mãe e os demais pareciam impotentes. A dor daquelas mulheres e da mãe de Jesus é a mesma das famílias de Paraisópolis e também de todos nós. Ao rolar a pedra do túmulo, plantavam ali uma semente de vida e deamor, porque o amor é mais forte do que a morte. Missa é missão! E qual é a nossa missão? Nossa missão sempre será promover a vida e trabalhar pela Paz.”
Durante a homilia, padre Luciano, visivelmente emocionado afirmou: “Eu, um padre negro sei o que é o preconceito”, em referência ao estigma da cor que reforça a exclusão e vulnerabilidade da população negra no Brasil.
Várias autoridades estiveram presentes e foram convocadas a trabalhar mais pela cidade de São Paulo e por ações que visem a segurança e melhor qualidade de vida das comunidades mais carentes.
No final balões brancos, com os nomes dos jovens foram lançados para o alto como gesto de pedido de paz.
Durante a ação de graça, a Pastoral da Ecologia e Meio Ambiente da diocese, ofereceu à Comunidade de Paraisópolis, nove mudas de Ipê Amarelo recordando as vítimas.
Diego Amorim, membro da pastoral, justificou o gesto: “Queremos oferecer a esta comunidade nove mudas de Ipê Amarelo, árvore que por decreto do presidente Jânio Quadros em 1967 foi considerada um dos símbolos nacionais do Brasil. Essas mudas, assim como os nove jovens, são muitos frágeis. Precisam passar por um longo período de sobrevivência e crescimento, até que suas raízes sejam suficientemente resistentes e fortes para serem plantadas no solo e, de forma autônoma sobreviver. Que esta comunidade ao cuidar dessas mudas, ofereça a proteção necessária até que elas estejam prontas, para enfim florescer.”
No último sábado (7), o Padre Luciano Borges, da Paróquia São José Operário, Forania Morumbi, celebrou uma missa campal pelos nove jovens mortos em Paraisópolis no final de um baile na mesma comunidade na semana anterior.
A celebração marcada pela emoção recordou o sofrimento das vítimas e seus familiares, assim como os desafios encontrados nas áreas de segurança, lazer e educação.
Participaram concelebrando os padres Darci Bortolini, Manoel Corrêa Viana Neto, Lourivaldo Lino, Pedro Paganin e Pe. Miguel Aparecido Romano, reafirmando na Eucaristia, presença viva de Cristo, o seu projeto de paz e de “vida em abundância”.
Na abertura, Padre Darci, Vigário Foraneo da região do Morumbi, recordou o Evangelho da Paixão de Cristo dizendo:
Na sexta feira da paixão lemos o Evangelho de Lucas. E lá no Monte do Calvário, os conhecidos de Jesus e um grupo de mulheres que haviam seguido o mestre desde a Galileia, olhavam a certa distância. Depois que desceram Jesus da cruz, Ele foi colocado nos braços da mãe. Sua mãe e os demais pareciam impotentes. A dor daquelas mulheres e da mãe de Jesus é a mesma das famílias de Paraisópolis e também de todos nós. Ao rolar a pedra do túmulo, plantavam ali uma semente de vida e deamor, porque o amor é mais forte do que a morte. Missa é missão! E qual é a nossa missão? Nossa missão sempre será promover a vida e trabalhar pela Paz.”
Durante a homilia, padre Luciano, visivelmente emocionado afirmou: “Eu, um padre negro sei o que é o preconceito”, em referência ao estigma da cor que reforça a exclusão e vulnerabilidade da população negra no Brasil.
Várias autoridades estiveram presentes e foram convocadas a trabalhar mais pela cidade de São Paulo e por ações que visem a segurança e melhor qualidade de vida das comunidades mais carentes.
No final balões brancos, com os nomes dos jovens foram lançados para o alto como gesto de pedido de paz.
Durante a ação de graça, a Pastoral da Ecologia e Meio Ambiente da diocese, ofereceu à Comunidade de Paraisópolis, nove mudas de Ipê Amarelo recordando as vítimas.
Diego Amorim, membro da pastoral, justificou o gesto: “Queremos oferecer a esta comunidade nove mudas de Ipê Amarelo, árvore que por decreto do presidente Jânio Quadros em 1967 foi considerada um dos símbolos nacionais do Brasil. Essas mudas, assim como os nove jovens, são muitos frágeis. Precisam passar por um longo período de sobrevivência e crescimento, até que suas raízes sejam suficientemente resistentes e fortes para serem plantadas no solo e, de forma autônoma sobreviver. Que esta comunidade ao cuidar dessas mudas, ofereça a proteção necessária até que elas estejam prontas, para enfim florescer.”