A Paróquia São João Batista celebrou oficialmente seus 50 anos, conforme registrado no documento de instalação canônica assinado em 16 de outubro de 1973. Contudo, a verdade é que há mais de cinco décadas, a comunidade da região do Pirajussara constrói sua história na Igreja Católica.
Na década de 1970, a primeira missa foi celebrada em uma chácara no Jardim Guaciara, debaixo de uma árvore. Nessa capela, que acomodava apenas o padre e a equipe de liturgia, os fiéis ficavam do lado de fora, ouvindo por meio de um alto-falante. Essa é uma das inúmeras lembranças de alguns membros daquela época, que, sob a liderança do Padre Antonio, irlandês da Sociedade São Patrício, rezavam o terço, confeccionavam bancos e altares da igreja, peregrinavam de colégio em colégio ou outros espaços cedidos para a missa, até a construção de suas igrejas. A jornada continuou com o segundo irlandês, Padre Bernardo, e persiste até hoje com o terceiro, Padre Kieran Ridge, carinhosamente chamado de Padre "Kirano".
Dessas andanças surgiram projetos sociais, pastorais foram organizadas, quermesses foram celebradas, e um grande número de paroquianos comprometidos com o "servir a Deus" se formou. Juntos, enfrentaram a ditadura, buscaram melhorias para a comunidade e uniram esforços para concluir obras, tudo para que o amor ao próximo não fosse apenas um discurso nas homilias semanais.
O padroeiro São João Batista acolheu outros santos, tornando-se também São Pedro, São Sebastião, São Lucas, São Patrício, São Luís de Montfort e Nossa Senhora Aparecida. Comunidades migraram, como São Judas e Santa Luzia, ou tornaram-se paróquias, como Santa Ana (e São Joaquim), junto com São Francisco, Nossa Senhora Aparecida e São José (e Santa Dulce dos Pobres).
Em 16 de outubro passado, em ação de graças por essa caminhada longa e sólida, cada membro, pastoral, movimento, associação e ações feitas em conjunto, agradeceu a Deus com uma festiva celebração eucarística. É importante recordar e ensinar as novas gerações toda a trajetória paroquial para assim, revigorar a fé e sempre celebrar a história do povo de Deus, traduzida em ritos, celebrações e, principalmente, na alegria pelas conquistas feitas através da bondade de Deus.
