Na tarde de terça-feira (21), o Seminário Nossa Senhora Aparecida acolheu um momento de profunda alegria e significado para a Diocese de Campo Limpo: a admissão de três seminaristas como candidatos às Ordens Sacras.
Pedro Oliveira, do terceiro ano de Teologia, e Guilherme Borges e Gustavo Araújo, ambos do segundo ano, deram um passo decisivo em sua caminhada vocacional, durante Celebração Eucarística presidida por dom Valdir José de Castro, bispo diocesano, e concelebrada pelo bispo emérito, dom Luiz Antônio Guedes, o reitor padre Marcos Joaquim Patrício, o vice-reitor Amauri Batista e por alguns membros do clero diocesano, muitos deles colaboradores na formação.
Entre cantos e orações, a liturgia conduziu os participantes à contemplação do mistério do chamado de Deus, que continua a ecoar no coração de tantos jovens. Conforme o Cerimonial dos Bispos (n. 479), o rito de admissão “destina-se a que o aspirante ao Diaconato e ao Presbiterato manifeste publicamente a sua vontade de se doar a Deus e à Igreja, para exercer a Sagrada Ordem, passando, assim, a ser contado legitimamente entre os candidatos ao Diaconato e ao Presbiterato”.
Durante o rito, a Igreja, representada pelo bispo, acolhe e confirma essa disposição interior do seminarista, por meio da oração: “Ouvi, Senhor, as nossas súplicas, e abençoai com amor paterno este vosso filho que deseja dedicar-se a vós e servir ao vosso povo no ministério sagrado, a fim de que persevere em sua vocação e, unindo-se ao Cristo sacerdote com sincero amor, possa receber dignamente a missão apostólica.”
Em sua homilia, dom Valdir convidou os presentes a refletirem sobre o valor da vigilância e da atenção às coisas essenciais da vida, em contraste com o ritmo distraído do mundo atual: “Jesus pede que a nossa atenção seja direcionada ao essencial da vida. Vivemos num mundo cheio de distrações, mas o olhar do cristão precisa estar fixo em Jesus, atento ao que realmente tem valor.”
O bispo também recordou que o caminho vocacional é dom e graça, antes de ser conquista humana: “A vocação é graça, não mérito. Mesmo com nossas limitações, o Senhor nos chama e derrama sobre nós as graças de que precisamos para continuar a caminhar.”
O rito de admissão marca uma nova etapa na vida dos seminaristas, um compromisso público e eclesial que os impulsiona a aprofundar a oração, o estudo e o serviço pastoral. Mais do que um rito, é o testemunho de uma Igreja viva, que continua a chamar e a acompanhar com ternura os que se dispõem a seguir o Cristo Bom Pastor.
