Episcopado retoma atividades e reflete a “Inteligência Artificial”
Nesta segunda-feira, dia 15, o episcopado brasileiro retoma as atividades da 61ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida, debatendo o tema “Inteligência Artificial”. Para este painel, foram convidados o Everthon de Souza Oliveira, professor no departamento de Engenharia Elétrica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) e presidente da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos (SBCC) e padre Danilo Pinto, secretário do Instituto Nacional de Pastoral padre Alberto Antoniazzi (Inapaz) e sócio fundador da SBCC.
Assunto atual e de extrema importância, a inteligência artificial está no foco da Igreja neste ano. O próprio Papa Francisco expressou sua preocupação e interesse sobre o tema em sua mensagem para o Dia das Comunicações Sociais deste ano, celebrado no dia 12 de maio.
Na carta, o Pontífice busca trazer luz para novidade tecnológica além de nos fazer refletir sobre questões essenciais, como: O que é então o homem, qual é a sua especificidade e qual será o futuro desta nossa espécie chamada homo sapiens na era das inteligências artificiais?
“Neste tempo que corre o risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade, a nossa reflexão só pode partir do coração humano. Somente dotando-nos dum olhar espiritual, apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana”, escreve o Santo Padre.
Dada a importância do tema e o impacto que ela vem causando (e irá causar) no Mundo, é necessário que a Igreja no Brasil pense em como fazer uso destes recursos, principalmente para consegui uma comunicação mais próxima e atual com os jovens, além de analisar e ponderar uma possível regulamentação, afim de reduzir e punir os usos maliciosos desta ferramenta.
“A resposta não está escrita; depende de nós. Compete ao homem decidir se há de tornar-se alimento para os algoritmos ou nutrir o seu coração de liberdade, sem a qual não se cresce na sabedoria”, conclui o Papa Francisco no texto.