A Igreja na sociedade
Na sua oração sacerdotal Jesus pede ao Pai que os seus discípulos estejam no mundo sem serem do mundo. Estar no mundo, pois é na sociedade, onde os seres humanos vivem e se relacionam, que os cristãos devem viver sua vocação e exercer sua missão. Estão destinados a ser “sal da terra” e “luz do mundo”. Não ser do mundo enquanto poder organizado sobre a injustiça e a opressão que prejudica e destrói a vida.
Os cristãos não estão sozinhos na construção da sociedade justa, fraterna e solidária. Há outros protagonistas que também agem para construí-la.
A “Gaudium et Spes” (Alegria e Esperança), que é um dos documentos emanados do Concílio Ecumênico Vaticano II, afirma que “pela fidelidade à consciência, os cristãos se unem aos outros homens na busca da verdade e na solução justa de inúmeros problemas morais que se apresentam, tanto na vida individual quanto social (nº 16)”.
Numa sociedade pluralista, como a de hoje, são muitas as mãos chamadas a aplicar-se na construção da civilização do amor, espelho mais próximo do projeto do reino de Deus. Os cristãos não detêm o monopólio desse processo. São abertos para ouvir e discernir as propostas de todos, acolhendo as que estão na direção de uma autêntica humanização. São conscientes também de que têm uma contribuição específica a dar na construção do mundo novo a partir de sua fé em Jesus Cristo. Se não a derem, ninguém poderá dá-la. E se omitindo eles serão o fermento do reino guardado no armário.
Retidão, identidade, diálogo e cooperação são atitudes necessárias para a construção da nova sociedade. Sem retidão e identidade não há verdadeiro diálogo. Repito e reforço que num verdadeiro diálogo não deve haver redução de um ao outro. É necessário preservar sempre a alteridade. Assim, o cristão não poderá renunciar à sua fé para aderir a uma ideologia. Procedendo desta forma estaria sendo o sal que perdeu a sua força e não serve mais para nada senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Numa conversa em grupo sobre o pluralismo da sociedade atual, ouvi de um sacerdote e psicólogo esta afirmação: “numa sociedade plural, só quem tem identidade sobrevive”. E eu estou convicto de que ele tem razão.
É importante incentivar a participação dos fiéis na busca de solução para os problemas da sociedade em vista de uma salutar convivência humana. Para isso, os fiéis precisam conhecer a identidade da própria fé e as suas consequências práticas, o que exige formação inicial e permanente e inclui o estudo da Doutrina Social da Igreja. Não se pode aceitar o desejo de alguns de calar a manifestação da Igreja e de seus membros a pretexto de que o Estado é laico. É por ser laico que o Estado não pode impor uma visão unilateral e tem o dever de garantir a liberdade de expressão de todos, tanto os civis como os religiosos. Caso contrário, estaria fazendo diferença entre os seus membros e classificando parte deles como cidadãos de segunda categoria.
O espírito que norteia a decisão de traduzir a fé em atitudes concretas de serviço é a consciência de que o Reino é vida e vida plenamente realizada para todos. O que move os cristãos autênticos à ação é um profundo amor à humanidade segundo o modo com que Jesus Cristo a ama.
Oxalá os assuntos relacionados com as preocupações de todos e, especialmente, dos mais pobres esteja sempre nas pautas de nossos encontros e celebrações, pois “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes nº 1).
Na sua oração sacerdotal Jesus pede ao Pai que os seus discípulos estejam no mundo sem serem do mundo. Estar no mundo, pois é na sociedade, onde os seres humanos vivem e se relacionam, que os cristãos devem viver sua vocação e exercer sua missão. Estão destinados a ser “sal da terra” e “luz do mundo”. Não ser do mundo enquanto poder organizado sobre a injustiça e a opressão que prejudica e destrói a vida.
Os cristãos não estão sozinhos na construção da sociedade justa, fraterna e solidária. Há outros protagonistas que também agem para construí-la.
A “Gaudium et Spes” (Alegria e Esperança), que é um dos documentos emanados do Concílio Ecumênico Vaticano II, afirma que “pela fidelidade à consciência, os cristãos se unem aos outros homens na busca da verdade e na solução justa de inúmeros problemas morais que se apresentam, tanto na vida individual quanto social (nº 16)”.
Numa sociedade pluralista, como a de hoje, são muitas as mãos chamadas a aplicar-se na construção da civilização do amor, espelho mais próximo do projeto do reino de Deus. Os cristãos não detêm o monopólio desse processo. São abertos para ouvir e discernir as propostas de todos, acolhendo as que estão na direção de uma autêntica humanização. São conscientes também de que têm uma contribuição específica a dar na construção do mundo novo a partir de sua fé em Jesus Cristo. Se não a derem, ninguém poderá dá-la. E se omitindo eles serão o fermento do reino guardado no armário.
Retidão, identidade, diálogo e cooperação são atitudes necessárias para a construção da nova sociedade. Sem retidão e identidade não há verdadeiro diálogo. Repito e reforço que num verdadeiro diálogo não deve haver redução de um ao outro. É necessário preservar sempre a alteridade. Assim, o cristão não poderá renunciar à sua fé para aderir a uma ideologia. Procedendo desta forma estaria sendo o sal que perdeu a sua força e não serve mais para nada senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Numa conversa em grupo sobre o pluralismo da sociedade atual, ouvi de um sacerdote e psicólogo esta afirmação: “numa sociedade plural, só quem tem identidade sobrevive”. E eu estou convicto de que ele tem razão.
É importante incentivar a participação dos fiéis na busca de solução para os problemas da sociedade em vista de uma salutar convivência humana. Para isso, os fiéis precisam conhecer a identidade da própria fé e as suas consequências práticas, o que exige formação inicial e permanente e inclui o estudo da Doutrina Social da Igreja. Não se pode aceitar o desejo de alguns de calar a manifestação da Igreja e de seus membros a pretexto de que o Estado é laico. É por ser laico que o Estado não pode impor uma visão unilateral e tem o dever de garantir a liberdade de expressão de todos, tanto os civis como os religiosos. Caso contrário, estaria fazendo diferença entre os seus membros e classificando parte deles como cidadãos de segunda categoria.
O espírito que norteia a decisão de traduzir a fé em atitudes concretas de serviço é a consciência de que o Reino é vida e vida plenamente realizada para todos. O que move os cristãos autênticos à ação é um profundo amor à humanidade segundo o modo com que Jesus Cristo a ama.
Oxalá os assuntos relacionados com as preocupações de todos e, especialmente, dos mais pobres esteja sempre nas pautas de nossos encontros e celebrações, pois “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes nº 1).