Dom Luiz ordena cinco novos diáconos e um presbítero para Igreja local
Na festa de Nossa Senhora do Rosário, dia 07 de outubro, na Catedral Sagrada Família, São Paulo, aconteceu a ordenação de cinco novos diáconos e um presbítero para a Igreja Local.
A solene celebração eucarística teve início às 20 horas com a presidência de Dom Luiz Antônio Guedes, Administrador Apostólico, e a presença de Monsenhor Valdir José de Castro, bispo nomeado para a Diocese de Campo Limpo, além do bispo emérito e primeiro da diocese, Dom Emílio Pignoli, prestes a completar 90 anos.
Depois dos ritos iniciais, Dom Luiz, saudando todos os presentes, ofertou ao Monsenhor Valdir duas insígnias: a cruz peitoral e o solidéu. A partir da nomeação para o episcopado, estas insígnias já podem ser utilizadas pelo eleito. Segundo a tradição católica, os objetos passam a identificar o eleito como bispo até que ele seja ordenado. A ordenação do Mons. Valdir está marcada para o dia 26 de novembro, às 16h, na Catedral Sagrada Família.
O Rito de ordenação
A celebração, marcada por muita emoção, é composta de vários ritos que expressam a entrega dos eleitos a Jesus Cristo e à Igreja. Muitos padres diocesanos e padres convidados de outras dioceses estiveram presentes, além do grande número de diáconos permanentes diocesanos e numerosos fiéis lotaram a Catedral.
Para os eleitos, visivelmente emocionados, o dia é de grande alegria, mas também da certeza de que Deus os acompanhou até aqui. Para Otávio Augusto Oliveira de Freitas, a missão está apenas começando: “Quero continuar respondendo com alegria e generosidade ao chamado que Deus me fez, reconhecendo minhas limitações e me entregando totalmente a ele. Sei que pelas minhas forças nada é possível, mas aceito todos os desafios porque é Deus quem me sustenta”.
Homilia
Após a apresentação dos eleitos e proclamação da Palavra, Mons. Valdir proferiu a homilia a pedido de Dom Luiz. Mons. Valdir foi eleito bispo em 14 de setembro pelo Papa Francisco para assumir a Diocese e, ao dirigir-se aos ordenantes, disse: “Tão emocionado como vocês estou eu, é a primeira vez que entro nesta Catedral para a celebração da Eucaristia e em uma dia de festa para a Igreja de Campo Limpo”. E continuou, ainda dirigindo-se aos eleitos: “Maria era aquela pessoa que buscava compreender a vontade de Deus na sua história pessoal, eu penso que vocês também, neste período de formação, buscaram sempre entender o que Deus pediu a cada um de vocês a exemplo de Maria, sempre orante, contemplativa e que refletia o que Deus queria dela em seu coração, como nos ensina o Evangelho de Lucas”.
E dirigindo-se a todos os presentes, exortou a, com Maria, encontrar o caminho para o seguimento de Jesus: “Para seguir Jesus, primeiramente é preciso aderir totalmente e responsavelmente à vontade de Deus, como Maria mesmo o fez por meio do seu sim, um sim fecundo, que trouxe ao mundo a vida em plenitude. Ela escutou a voz de Deus e colocou em prática, ela acolheu a Palavra e colocou em prática. Maria nos ensina ainda que para seguir Jesus é preciso ter caridade. É também preciso nos deixar animar pela caridade e pelo espírito do servir, como ela mesma e apressadamente serviu sua prima Isabel. E ainda, para sermos verdadeiros discípulos, é preciso “fazer tudo o que Ele vos disser”, e saibam: Jesus nos diz o que Ele quer, através da Palavra, mas também, por meio do seu Espírito, que nos fala ao coração”.
Terminada a homilia, os ainda seminaristas Isael Santos Rodrigues, Lucas Barboza de Oliveira, Maciel Souza Mesquita, Otávio Augusto Oliveira de Freitas e Robson José da Silva declararam o propósito de exercer o Ministério Diaconal em conformidade com a vontade de Cristo e da Igreja, sob a orientação do bispo, a quem prometeram obediência. Em seguida, Dom Luiz impôs as mãos sobre as cabeças dos eleitos.
Robson José da Silva entende a vocação com muita liberdade: “Eu precisei discernir a minha vocação e fiz isso com muita liberdade, entendi que era de fato chamado ao sacerdócio e assumi minha vocação. Meu coração quer amar e cuidar dos meus semelhantes.
As vestes diaconais que estavam nas mãos dos familiares dos jovens foram levadas até cada um deles. Após serem revestidos dos paramentos com a ajuda de outros diáconos e sacerdotes escolhidos por eles, os agora neo-diáconos receberam o livro dos Evangelhos, com a indicação de serem anunciadores e testemunhas do Cristo.
Ordenação do neo-presbítero
Depois da ordenação dos diáconos foi a vez do rito de ordenação do presbítero eleito, Orlando Pereira. A imposição das mãos e a prece de ordenação são consideradas como aquelas em que o bispo com a assistência de todos os presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Com o diácono de joelhos, em silêncio, Dom Luiz impôs as mãos sobre sua cabeça, seguido pelos presbíteros que estavam presentes.
Em seguida, Dom Luiz rezou a oração da ordenação, na qual foram citadas as principais funções do sacerdote. O sacerdote é descrito principalmente como colaborador do bispo, instrutor da fé e divulgador da Palavra de Deus.
Na última parte do Rito de Ordenação, rica em significados, o neo-sacerdote Orlando, com o auxílio de dois presbíteros, foi revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, as palmas das mãos do novo padre foram ungidas pelo bispo com o óleo do Santo Crisma. Logo após, o bispo amarrou as suas mãos, sendo em seguida desamarradas pelo sobrinho do neo-presbítero. A este deu a primeira bênção sacerdotal.
Como sinal de unidade, os presbíteros presentes receberam os ordenados como membros do clero, os acolhendo com um abraço. Nesse momento e em muitos outros, a assembleia emocionada acolheu os ordenados com muitas palmas.
Os neos-diáconos e o neo-presbítero ainda não foram designados para nenhuma paróquia específica.